Castro dá bônus de R$ 5 mil a policiais por fuzis apreendidos

Vinte e seis agentes do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar serão premiados com um bônus no valor de R$ 5 mil por fuzil apreendido, conforme decreto do governador Cláudio Castro. A quantia será incluída no salário de maio, com pagamento previsto para junho, beneficiando os policiais responsáveis pelas apreensões em serviço regular ou durante jornadas extras como o RAS e o Proeis.

Qual é o objetivo do bônus criado por Cláudio Castro?

Segundo o governador, a bonificação tem dupla finalidade: valorizar o desempenho das forças de segurança e reduzir a letalidade policial, ao incentivar apreensões de armas de grosso calibre. “Criei esse bônus não apenas como estímulo aos policiais, mas como ação estratégica para salvar vidas. Precisamos endurecer também a legislação para quem é flagrado com fuzis”, afirmou Castro.

No ano passado, as forças de segurança estaduais apreenderam 732 fuzis. Apenas em 2024, a PM já retirou 264 dessas armas de circulação. A nova política recompensa diretamente os policiais, mas exige que a apreensão siga uma série de protocolos legais e técnicos para que o bônus seja efetivado.

Como funciona o pagamento do bônus?

O pagamento da gratificação depende da solicitação feita pelo próprio policial envolvido na apreensão. O decreto determina que o procedimento inclua o laudo pericial da arma, elaborado pelo Departamento Geral de Polícia Técnico-Científica, e seja anexado ao registro oficial da ocorrência.

Caso a apreensão seja feita por uma equipe, o valor do bônus será dividido entre os participantes. Importante destacar que agentes afastados por questões disciplinares não têm direito à premiação durante o período do afastamento.

A medida é vista por especialistas em segurança como uma tentativa de reverter a lógica do confronto direto, estimulando abordagens mais estratégicas que resultem na neutralização de armamentos em circulação sem aumento de mortes em operações.