Com lucro recorde, Cedae amplia investimentos em tratamento de água

A Cedae alcançou um lucro líquido de R$ 1,02 bilhão em 2024 — mais do que o dobro dos R$ 453,9 milhões registrados no ano anterior. O anúncio foi feito no Palácio Guanabara, pelo secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, e pelo presidente da companhia, Aguinaldo Ballon. Trata-se do melhor desempenho operacional da empresa desde 2019, impulsionado por ganhos operacionais e forte redução de despesas.

O resultado histórico, que representa um salto de 125%, será utilizado para ampliar os investimentos em obras de modernização e tratamento de água, beneficiando milhões de pessoas em diversas regiões do estado.

Quais fatores contribuíram para o lucro recorde da Cedae?

O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelo resultado operacional, que chegou a R$ 627,3 milhões — revertendo o prejuízo de R$ 36,7 milhões de 2023. A queda de quase 20% nas despesas operacionais também foi fundamental. Destaques incluem a economia com compra de energia no mercado livre, a modernização da dosagem química e a redução de provisões judiciais.

Segundo o governador Cláudio Castro, os dados comprovam o acerto na concessão da distribuição de água, ocorrida em 2021:

“Temos hoje uma companhia mais eficiente, lucrativa e com foco no que importa: produzir água de qualidade e investir em melhorias estruturais.”

Quais são os principais investimentos previstos pela Companhia?

Com receita líquida de R$ 3,2 bilhões, a Cedae planeja investir cerca de R$ 5 bilhões até 2029. O maior projeto em andamento é o Sistema Novo Guandu, em Nova Iguaçu, que terá capacidade de tratar 7,5 mil litros de água por segundo e vai atender 3 milhões de pessoas da Baixada e Zona Oeste. A licitação da segunda etapa já está em curso.

Outros investimentos previstos incluem:

• R$ 2,2 bilhões no Sistema Novo Guandu
• R$ 900 milhões no Sistema Ribeirão das Lajes
• R$ 500 milhões no Sistema Acari
• R$ 200 milhões em melhorias no Sistema Imunana-Laranjal
• R$ 1,1 bilhão em sistemas do interior do estado

Até o final do ano, serão entregues três novas estações de tratamento na Baixada Fluminense: ETA Tinguá e ETA São Pedro (Nova Iguaçu), e ETA Xerém (Duque de Caxias). Todas contarão com tecnologia de microfiltração, garantindo abastecimento mesmo em períodos chuvosos.

O que representa esse resultado para o futuro da Cedae?

Para a diretoria, os números reforçam a transformação da Cedae em uma empresa financeiramente saudável, moderna e comprometida com práticas ESG. Segundo Antonio Carlos dos Santos, diretor financeiro, a empresa agora se posiciona entre as maiores companhias de saneamento do país, tanto públicas quanto privadas.