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“Converter não é a missão”, diz Papa Francisco à comunidade católica no Marrocos

Pontífice alertou contra a conversão religiosa e afirmou que a missão dos católicos é ilustrar os ensinamentos da Igreja

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Foto: Gregorio Borgia

No segundo dia da visita ao Marrocos, o Papa Francisco declarou à comunidade católica do país, de maioria muçulmana, que a missão deles ali não é converter, mas sim viver em fraternidade com todas as outras religiões.

“Continuem próximos daqueles que são frequentemente excluídos, os pequenos e os pobres, os prisioneiros e os migrantes. Os caminhos da missão não passam pelo proselitismo, que sempre leva a um beco sem saída”, disse o Papa.

Papa Francisco usou a viagem de dois dias para enfatizar o diálogo entre as religiões. Ele também apoiou os esforços do rei marroquino, Mohammed VI, para espalhar uma forma de islamismo que promova o diálogo inter-religioso e rejeite a violência em nome de Deus.

Na catedral da capital marroquina, que foi cercada por um forte esquema de segurança, o Papa explicou às pequenas comunidades cristãs do Marrocos que o importante não é que sejam numerosas, mas que ilustrem concretamente os ensinamentos da Igreja.

“Isto significa, queridos amigos, que nossa missão como pessoas batizadas, sacerdotes e homens e mulheres consagrados não é realmente determinada pelo número ou tamanho dos espaços que ocupamos, mas pela nossa capacidade de gerar mudanças e despertar maravilhas e compaixão. A Igreja cresce não por proselitismo, mas por testemunho”, afirmou o Papa.

Os muçulmanos teoricamente têm o direito de se converter se for sua própria escolha. Ainda assim, as autoridades marroquinas não reconhecem os convertidos ao Cristianismo, muitos dos quais praticam a religião secretamente em casa. Os 23 mil católicos do país, a maioria deles europeus expatriados, principalmente franceses, e migrantes africanos subsaarianos, representam menos de 1% da população, de cerca de 35 milhões.

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