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Covid-19: Cremesp denuncia Instituto Adolfo Luiz por invalidar 20 mil amostras

Segundo conselho, o armazenamento antes dos testes não teve procedimento correto.

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(Foto: Reprodução/Agencia Brasil)

(Foto: Reprodução/Agencia Brasil)

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou que fez denúncia na sexta-feira (10) sobre o Instituto Adolfo Lutz ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e à Secretaria de Estado de Saúde por indícios de irregularidades no armazenamento de cerca de 20 mil amostras que deverão passar por testes de covid-19. O conselho abriu também sindicância para investigar as responsabilidades dos médicos e gestores do instituto.

Durante uma fiscalização realizada na tarde de quinta-feira (9), o Cremesp encontrou as 20 mil amostras em geladeiras indicadas para a conservação desse tipo de material por até 72 horas. O conselho afirmou que as condições de armazenamento no instituto invalidam as amostras para os testes.

“Com um número tão alto e capacidade atual para processar 1,4 mil testes diários, a maior parte deste material estaria fora dos padrões de qualidade e confiabilidade para a realização dos testes, de acordo com protocolos e procedimentos internos da própria instituição”, diz comunicado do conselho.

A Secretaria de Estado da Saúde disse que “é falsa a informação de que são 20 mil exames ‘parados’ no Instituto Adolfo Lutz”. Em nota, o órgão afirmou que, das 17 mil amostras que aguardam os testes, cerca de 9 mil serão priorizadas pela Plataforma de Laboratórios, constituída por 45 unidades, coordenada pelo Instituto Butantan e distribuídas na rede para processamento imediato.

Além de acionar o Ministério Público, o Cremesp abriu sindicância para investigar as responsabilidades dos médicos e gestão do instituto.

Segundo a secretaria, o Adolfo Lutz possui geladeiras e freezers com capacidade para armazenamento seguindo as indicações do protocolo adotado pela OMS para diagnóstico de covid-19, denominado Charité/Berlim, que não define tempo mínimo de manutenção sob refrigeração. A recomendação é manter a amostra refrigerada, ou a -20ºC ou a -70ºC.

A secretaria disse ainda que não foi oficialmente notificada, até o momento, mas está à disposição do Cremesp e do Ministério do Público para esclarecimentos.

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