Declarações chocantes sobre a Ilha do Marajó despertam indignação de famosos

Nesta semana, casos de abuso na Ilha de Marajó (PA), passaram a repercutir na mídia. O assunto veio à tona após a cantora Aymeê lançar a música “Evangelho de fariseus”, na última quinta-feira (15), no programa “Dom reality”, competição musical entre artistas do universo gospel, que é transmitida no YouTube.

Personalidades como a atriz Thaila Ayala, a influenciadora digital Virginia Fonseca, os ex-BBBs Juliette, Rafa Kalimann e Eliezer têm utilizado suas redes sociais para repercutir denúncias preocupantes de exploração sexual de crianças e tráfico de pessoas menores de idade na Ilha de Marajó, localizada no Pará. O debate ganhou destaque após a cantora Aymeê apresentar sua música autoral “Evangelho de fariseus” durante a semifinal do programa “Dom reality”, transmitido no YouTube.

A letra da canção faz menção direta aos problemas sociais e ambientais enfrentados na ilha, destacando situações alarmantes: “Enquanto isso, no Marajó / O João desapareceu / Esperando os ceifeiros da grande seara / A Amazônia queima / Uma criança morre / Os animais se vão / Superaquecidos pelo ego dos irmãos”.

O vídeo da apresentação de Aymeê viralizou nas redes sociais, gerando uma onda de indignação e levando diversas personalidades a se pronunciarem sobre o assunto. A ex-BBB Rafa Kalimann expressou seu compromisso em tornar o caso mais conhecido, enfatizando a necessidade de conscientização e ação diante de uma causa tão urgente.

 

 

 

 

 

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Uma publicação compartilhada por Thaila Ayala (@thailaayala)

Juliette também se manifestou, clamando por ações e respostas das autoridades: “Clamamos aos políticos, autoridades e órgãos públicos ações e respostas. Aymeê, sua voz ecoou. Nós estamos juntos. Justiça por Marajó”, declarou a cantora em um vídeo compartilhado em seus Stories no Instagram.

Vale mencionar que a ilha do arquipélago do Marajó se destaca por registrar o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal do Brasil. Com uma pontuação de 0,418 em uma escala que varia de 0 a 1, a região está classificada na categoria de áreas com desenvolvimento humano muito baixo. Esses números destacam os desafios socioeconômicos enfrentados pela comunidade local e a necessidade urgente de atenção e medidas para melhorar as condições de vida na região.

O problema de exploração sexual na Ilha de Marajó não é novo. Há três décadas, o bispo Dom José Luis Azcona denuncia as mazelas de Marajó e a exploração sexual de crianças, sendo fundamental para a instalação da CPI da Pedofilia na Assembleia Legislativa do Pará e no Congresso Nacional, nos anos de 2009 e 2010.

Em 2023, Dom José Luis Azcona recebeu um pedido para deixar a região, gerando protestos da população local que resultaram na revisão da decisão. A luta contra a exploração sexual de crianças em Marajó continua sendo uma batalha constante, e as recentes denúncias ressaltam a necessidade urgente de medidas efetivas por parte das autoridades para proteger as vítimas e combater esse grave problema social.