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Patrulhando a Cidade

Defesa de militares réus por mortes de músico e catador cita ‘roleta russa’ nas ruas do Rio

Além disso, advogados alegaram 'legítima de defesa' para justificar a ação ocorrida no ano de 2019

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Evaldo Rosa morreu ao ter o carro alvejado por 80 tiros em abril de 2019. Foto: Reprodução Facebook

A defesa de militares réus pelas mortes do músico, Evaldo Rosa dos Santos e do catador, Luciano Macedo cita ‘roleta russa’ nas ruas cariocas e ‘legítima de defesa’ para justificar a ação ocorrida no ano de 2019.

Os 12 militares do Exército Brasileiro estão sendo processados por duplo homicídio das vítimas e pela tentativa de homicídio da família do músico.

De acordo com o Ministério Público Militar, o advogado de defesa dos agentes, entregou à Justiça as alegações finais no âmbito do processo que pode resultar na condenação dos réus.

Em trecho do documento protocolado pela defesa no último dia 18, o advogado Paulo Henrique Pinto de Mello afirmou que trafegar pelas ruas do Rio de Janeiro, “naquela época e atualmente, são verdadeiras ‘roletas russas’, e no entorno das favelas com maior razão”.

(Reprodução documento MPM)

Evaldo foi morto em abril de 2019 quando passava de carro por Guadalupe, na Zona Norte do Rio. O músico e a família iam para um chá de bebê quando o veículo foi fuzilado.

À época uma perícia da polícia indicou que mais de 80 tiros atingiram o carro. Entretanto, depois uma perícia mais minuciosa identificou 257 disparos efetuados pelo militares, sendo que 62 atingiram o automóvel.

A ação que resultou também na morte do catador de produtos recicláveis Luciano Macedo. Sérgio Gonçalves de Araújo, de 59 anos, sogro de Evaldo também ficou ferido por um tiro nas costas.

Ele chegou a ficar internado no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Segundo o sogro de Evaldo, o músico foi morto logo na primeira rajada de tiros disparada pelos militares.

No documento encaminhado à Justiça Militar, a defesa dos agentes defente que todos sejam absolvidos dos crimes dos quais são acusados, considerando que eles “agiram no estrito cumprimento das leis, em atos de legitima defesa e regras de engajamento”.

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