Delegado revela detalhes perturbadores do estupro de paciente por técnico
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Delegado revela detalhes perturbadores do estupro de paciente por técnico de enfermagem

O crime aconteceu na madrugada desta quinta-feira (15), por volta da 1h50, e o autor é um técnico de enfermagem terceirizado

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Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte do Rio. Foto: Cyro Neves / Super Rádio Tupi

Uma jovem internada há dez dias após sofrer um acidente de moto foi dopada e violentada dentro do leito no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte do Rio. O crime aconteceu na madrugada desta quinta-feira (15), por volta da 1h50, e o autor é um técnico de enfermagem terceirizado, que acabou preso em flagrante pela Polícia Civil no mesmo dia.

De acordo com o delegado Leandro Gontijo, da 22ª DP (Penha), o acusado — identificado como Joaquim — era o responsável por cuidar de três das quatro pacientes no quarto onde o crime ocorreu. Segundo as investigações, uma das mulheres gritava de dor a noite toda, impossibilitando que as outras pacientes dormissem. Isso teria motivado o técnico a aplicar medicamentos sedativos em todas, sem prescrição médica.

Como o abuso sexual foi cometido dentro do hospital?

A vítima, que usava fraldas por conta dos ferimentos, relatou que sentiu um toque invasivo na região anal enquanto recebia cuidados de higiene. Ainda em choque, permaneceu calada.

“Ele deu remédio para dormir para as pacientes e ao chegar na paciente vítima, ele começou a limpar as partes íntimas dela e ela sentiu um toque no ânus que relatou ser de forma diferente”, disse o delegado.

Minutos depois, o técnico retornou, posicionou um biombo para isolar a visão do quarto e aplicou uma nova injeção, alegando tratar-se de remédio para pressão.

“Ele aplicou uma segunda dose de remédio nela, dizendo ser remédio de pressão, o que ela estranhou, porque ela não tinha nenhum remédio de pressão prescrito”, continuou.

Além disso, o agressor ainda ameaçou a paciente com uma seringa, afirmando que ela teria uma “morte morrida” e que ninguém desconfiaria do que havia acontecido.

“Ele disse que ela morreria de morte morrida, e ninguém desconfiaria”, conta o delegado.

Segundo o Leandro Gontijo, após dopar completamente a paciente, Joaquim se masturbou e forçou sexo oral, ejaculando na boca da vítima. Mesmo sob efeito da droga, ela não engoliu o sêmen e conseguiu cuspir em um copo com água, preservando o material que foi recolhido pela polícia.

Além dessa prova biológica, os investigadores analisaram imagens das câmeras de segurança do hospital e mensagens trocadas pela vítima via WhatsApp, que foram confrontadas com os registros de entrada e saída do técnico. Joaquim se recusou a fornecer material biológico para confronto genético.

Para a Polícia Civil, a soma de ameaças, dopagem e o estado físico da paciente configuram claramente um estupro de vulnerável. O delegado Gontijo classificou o crime como “gravíssimo” e destacou a extrema fragilidade da vítima, que já enfrentava dores e limitações severas.