Deputado bolsonarista parte para agressão após ser confrontado por repórter

O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) protagonizou uma cena de agressão nesta quarta-feira (6) durante entrevista ao jornalista Guga Noblat, do Instituto Conhecimento Liberta (ICL). O parlamentar segurou o repórter pelo pescoço após ser lembrado do caso envolvendo a morte de sua ex-namorada Priscila Delgado Barrios, tratado como suicídio pela Justiça de São Paulo.

A tensão começou quando Noblat questionou a postura de parlamentares bolsonaristas, acusando-os de “traidores da pátria” por apoiarem sanções norte-americanas contra produtos brasileiros. A declaração irritou Bilynskyj, que respondeu acusando o jornalista de bajular o presidente Lula (PT).

O que levou o deputado a partir para agressão?

A discussão esquentou após Noblat dizer que estava sendo empurrado. O jornalista então disparou: “Você sabe que nunca vou brigar com você. Se você faz o que faz com mulher, imagina o que ia fazer comigo.” Neste momento, Bilynskyj agarrou o repórter pelo pescoço, gritando e exigindo explicações sobre a acusação.

BOMBA! Paulo Bilinsky PERDE A LINHA e quase agride @GugaNoblat no congresso apenas por que ouvir algo que não gostou. ISSO É O BOLSONARISMO: desequilíbrio, agressividade e golpismo

CONGRESSO SEQUESTRADO pic.twitter.com/8Gbpa7l15n

— Henrique Lopes (@henriquelopessp) August 6, 2025

O episódio remete ao caso de 2020, quando o então delegado Bilynskyj foi baleado pela namorada, Priscila, de 27 anos. Segundo o parlamentar, a discussão teria sido motivada por ciúmes. Ela teria disparado seis vezes contra ele antes de tirar a própria vida. O político ficou gravemente ferido, com tiros no dedo, perna e abdômen. Priscila morreu com um tiro no peito.

Deputados bolsonaristas pressionam o Congresso

Além do episódio de agressão, Bilynskyj e outros deputados da base bolsonarista têm atuado para paralisar o Congresso Nacional. O grupo exige a rejeição de projetos que anistiam envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, membros de seu governo e militares.

Outra exigência é o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um dos principais alvos da ala bolsonarista.