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Saúde

Estado do Rio mantém tendência de alta nos casos prováveis da doença

Estudo feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) aponta que a região do Médio Paraíba, a primeira a apresentar cenário epidêmico, já tem queda no número de casos

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Foto Destaque: Divulgação

A edição desta semana do Panorama da Dengue, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), mostra que o Rio de Janeiro segue com tendência de alta no número de casos prováveis da doença.

O estudo indica que o estado está dez vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano, de acordo com a série histórica. Apesar do aumento deste indicador, a região do Médio Paraíba, primeira a apresentar piora da situação epidemiológica, já apresenta redução do número de casos. A avaliação leva em consideração os dados registrados entre 04 e 24 de fevereiro, que correspondem às semanas epidemiológicas (SE) e 6 a 8.

O boletim elaborado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ aponta ainda que não foi identificado aumento consistente da taxa de ocupação de leitos no período considerado. O número de atendimentos de suspeita de dengue nas UPAs estaduais também se manteve estável.

Segundo uma projeção feita pelos técnicos da secretaria para as próximas semanas, a região Médio Paraíba apresenta tendência de redução no número de casos, enquanto a Centro-Sul deve ter estabilidade. As demais regiões mantêm a curva de aumento.

O “Panorama da Dengue” tem como diferencial o uso de um modelo de cálculo epidemiológico conhecido como nowcasting, que leva em conta o atraso de inserção de dados no sistema de vigilância. Com base no modelo de análise, a secretaria estima que mais de 27 mil novos casos devem ser registrados para o período.

“A secretaria tem adotado uma série de medidas para que a rede assistencial não sofra grande impacto com a alta demanda nos atendimentos, especialmente nas UPAs. O resultado tem sido satisfatório. Mudamos fluxos, criamos ferramentas digitais, ampliamos a comissão de óbitos, aumentamos o RH nas unidades e no Laboratório Central, o Lacen, entre muitas outras estratégias. Ainda assim, é preciso que a população esteja engajada neste enfrentamento e que cuide de seus territórios, onde ficam 80% dos criadouros do Aedes aegypti”, afirma a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

Painel da SES-RJ atualiza dados

Os dados referentes à dengue no estado do Rio de Janeiro são atualizados de segunda a sexta-feira, e estão disponíveis no Painel Monitora da SES-RJ, no link monitorar.saude.rj.gov.br. Até segunda-feira (11), foram registrados 117.162 casos de dengue em todo o estado do Rio de Janeiro e 31 óbitos.

Plano Estadual de Combate à Dengue

Além do monitoramento e planejamento do combate à epidemia no estado, a SES vem atuando com medidas de apoio às prefeituras. Como parte do Plano Estadual de Combate à Dengue, dois mil profissionais de saúde estão sendo treinados para acelerar o diagnóstico e o tratamento. A Secretaria coordenou ainda a implantação de 11 centros de hidratação em parceria com os municípios e ampliou as salas de hidratação de 11 UPAs estaduais. Também foram adquiridos equipamentos e insumos para envio aos municípios com maior incidência da doença.

O Governo do Estado também destinou 160 leitos de nove unidades de referência da rede estadual para o tratamento da doença, lançou uma ferramenta online para auxiliar médicos no diagnóstico e estabelecer condutas de tratamento e lançou o Observatório da Dengue – plataforma online que permite acompanhar dados e medidas de suporte aos municípios fluminenses.

A Secretaria de Estado de Saúde também monitora em tempo real os números da doença no Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ, com emprego de tecnologia de ponta e uma equipe de plantão 24 horas por dia, e instalou o Comitê de Operações Emergenciais para a dengue, que acelera e aprimora as repostas à epidemia.

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