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Brasil

Estudo com vacina contra a tuberculose investiga resposta imune à Covid-19

Atualmente, esse é o maior estudo do mundo sobre os efeitos fora do alvo da vacina BCG

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vacinação
(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Mão segurando a seringa

Foto/Reprodução

Liderado pela Austrália, um estudo vai investigar se é possível prever quem permanece suscetível às variantes do coronavírus, mesmo já tendo recebido uma vacina contra a Covid-19 ou de já ter adoecido pela doença.

A pesquisa pretende explorar a resposta imune às vacinas específicas contra a enfermidade em profissionais de saúde brasileiros, para encontrar biomarcadores que indiquem se alguém está protegido ou permanece em risco de contrair Covid-19, se exposto a uma variante.

A pesquisa é liderada pelo Instituto de Pesquisa Infantil Murdoch, que pretende avaliar se a vacina BCG (bacilo de Calmette-Guérin) pode ajudar na proteção contra a Covid-19. Esse, atualmente, é o maior estudo do mundo sobre os efeitos fora do alvo da vacina BCG.

Desde o lançamento das pesquisas, em março de 2020, mais de seis mil profissionais de saúde foram recrutados em 36 locais na Austrália, Brasil, Holanda, Espanha e Reino Unido. A BCG foi originalmente desenvolvida há cem anos para prevenir a tuberculose. Agora, o ensaio clínico está sendo realizado para determinar se a vacina reduz a incidência de Covid-19 sintomático e grave em profissionais de saúde.

Estudo no Brasil 

O professor associado Julio Croda, pesquisador principal do estudo no Brasil, disse que 2.400 profissionais de saúde, em três locais de estudo no país, estão sendo ativamente acompanhados e testados para a Covid-19 como parte da pesquisa.

“Este subconjunto de participantes oferece uma oportunidade única para entender os riscos e determinantes da suscetibilidade à reinfecção com variantes Sars-CoV-2, particularmente a variante P.1. Esta pesquisa é fundamental para projetar abordagens eficazes para ajudar a proteger as pessoas”, disse ele.

Com as vacinas específicas da Covid-19 disponíveis para os profissionais de saúde, agora está sendo analisado se a BCG melhora a resposta imune às vacinas Pfizer, AstraZeneca e CoronaVac.

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