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Família afirma que 28 policias visitaram menina de três anos no dia do crime

Heloísa morreu nove dias após ser baleada depois de carro da família passar em blitz no Arco Metropolitano

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Heloísa dos Santos Silva morreu na manhã deste sábado
Heloísa dos Santos Silva morreu na manhã de sábado (16/09)

Uma das pessoas que estava no carro no momento em que a menina Heloísa dos Santos Silva, de três anos foi baleada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) que 28 agentes visitaram a pequena Heloísa no hospital no dia do crime. A informação foi revelada pela tia da criança, Rayra Fernanda dos Santos, que relatou ainda que um dos policiais mostrou um projétil para a família na unidade hospitalar e disse que este teria atingido a viatura em uma tentativa de intimidar a família. Segundo Rayra, o agente sequer participou da abordagem que vitimou Heloísa.

Ela conta que os policiais começaram a tentar encobrir o crime durante o trajeto até a unidade hospitalar. Segundo Rayra, ela gritava muito em desespero ao ver a sobrinha naquele estado e o policial a mandou “calar a boca” pois precisava dirigir. Os policiais também ficaram vasculhando e “mexendo” no carro durante certo tempo enquanto Heloisa recebia atendimento médico cirúrgico, de acordo com o depoimento da tia.

Sob a suspeita de que mais tiros tenham sido disparados contra o carro, o Ministério Público solicitou que a Polícia Federal realize uma nova perícia no veículo da família e nas armas usadas pelos policiais envolvidos na ocorrência.

O MPF pediu a decretação da prisão preventiva de três PRFs: Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva. A PRF diz que não vai se manifestar sobre o pedido, mas os policiais já foram afastados da corporação.

Heloísa morreu na manhã deste sábado (16) após ficar nove dias internada no CTI do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela foi atingida por três tiros de fuzil, dois na coluna e um na cabeça, após passar por uma blitz da PRF na altura de Itaguaí, no Arco Metropolitano, voltando da comemoração do feriado do Dia da Independência, no dia 7 de setembro.

Em nota, a PRF informou que a central de operações despachou viaturas operacionais ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes para apoio, ante a comoção popular e possibilidade de agressão aos policiais envolvidos na ocorrência. A corporação afirmou ainda que eventuais condutas individuais de servidores farão parte de investigação interna que será devidamente compartilhada com o órgão responsável pela investigação criminal.

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