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Filha de Chico Science ironiza Virginia como rainha da Grande Rio
Um post provocador reacendeu o debate sobre cultura e representatividade no Carnaval. Descubra o que gerou a crise na Grande Rio!
A escolha da influenciadora Virginia Fonseca como rainha de bateria da escola de samba Grande Rio gerou polêmica nas redes sociais, especialmente após a filha de Chico Science, Lourdes Morena, se manifestar com ironia sobre a decisão. O motivo da crítica é o fato de que, no Carnaval de 2026, a escola levará para a Sapucaí um enredo em homenagem ao Movimento Mangue Beat, do qual seu pai foi um dos principais ícones.
Lourdes publicou em seu perfil uma imagem do rosto de Virginia sobreposto ao corpo de Chico Science, com a legenda: “É o Brasil, né, galera…”. A postagem gerou repercussão imediata e dividiu opiniões entre internautas, sambistas e fãs do movimento cultural recifense.
Por que a escolha de Virginia Fonseca está sendo criticada?
Virginia Fonseca é uma das influenciadoras digitais mais populares do país, com mais de 45 milhões de seguidores. Apesar de seu carisma e alcance, muitos apontaram que ela não tem ligação com o samba nem com o Mangue Beat, o que foi visto como uma decisão puramente comercial por parte da escola.
O enredo da Grande Rio em 2026 será uma homenagem ao Mangue Beat, movimento cultural nascido nos anos 1990 em Recife, que mesclou ritmos tradicionais nordestinos, como o maracatu, com influências urbanas como o rock, o hip-hop e a música eletrônica. Chico Science foi o maior símbolo desse movimento e continua sendo referência cultural até hoje.
O que dizem os defensores da escolha de Virginia?
A Grande Rio ainda não se manifestou oficialmente sobre a crítica de Lourdes Morena, mas fontes ligadas à escola defendem a escolha de Virginia como uma forma de ampliar o alcance do enredo e atrair novos públicos. Argumenta-se também que a presença da influenciadora pode gerar maior visibilidade para o movimento Mangue Beat e homenagear Chico Science de maneira mais ampla.
Virginia, até o momento, não comentou publicamente a postagem de Lourdes, mas segue se preparando para desfilar no Carnaval 2026, onde assumirá o posto de rainha de bateria da escola pela primeira vez.

Qual é o impacto cultural dessa polêmica?
A repercussão gerada pela crítica da filha de Chico Science levanta um debate importante sobre representatividade cultural no Carnaval. A polêmica evidencia a tensão entre o desejo das escolas de samba de alcançar relevância midiática e a responsabilidade de honrar com autenticidade os personagens e movimentos que celebram.
Especialistas apontam que, ao tratar de temas como o Mangue Beat — que nasceu da crítica social e da valorização da cultura periférica —, é essencial que haja coerência entre o discurso e as figuras escolhidas para representá-lo.
Como a Grande Rio pode equilibrar tradição e visibilidade?
O desafio da Grande Rio será equilibrar a fidelidade ao espírito do Mangue Beat com a presença de uma celebridade como Virginia Fonseca, que representa uma geração conectada, mas distante das raízes do movimento recifense. A escola terá a responsabilidade de construir um desfile que vá além da estética e consiga transmitir a crítica social, a resistência e a inovação que marcaram o Mangue Beat.
Até lá, os debates devem continuar, e a expectativa pelo desfile da Grande Rio só cresce — tanto pela homenagem quanto pela polêmica.