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Filhos de Flordelis são condenados pela morte do pastor Anderson do Carmo

Ex-deputada está presa desde agosto por suspeita de ser a mandante do crime

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Filhos de Flordelis vão a julgamento em Niterói
(Filhos de Flordelis vão a julgamento em Niterói/ Repórter Diogo Sampaio)
Filhos de Flordelis vão a julgamento em Niterói

(Filhos de Flordelis vão a julgamento em Niterói/ Repórter Diogo Sampaio)

Na manhã desta quarta-feira (24), após 15 horas de julgamento, dois filhos da ex-deputada Flordelis foram condenados por envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.

Ao filho biológico, Flávio dos Santos Rodrigues, acusado de atirar no padrasto, foi aplicado uma pena de 33 anos e seis meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma, uso de documento ilegal e associação criminosa armada.

Já Lucas Cézar dos Santos Souza, apontado por comprar a arma do crime, foi condenado a sete anos e seis meses de prisão. Sua prisão foi reduzida po ter colaborado com as investigações.

O julgamento foi presidido pela juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói.

A delegada Barbara Lomba foi a primeira a ser ouvida durante o julgamento desta terça. Lomba foi a responsável por conduzir as investigações no início do caso. A delegada afirmou que a ex-deputada elaborou uma carta que responsabilizaria outros filhos do pastor.

O delegado Allan Duarte, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá entre janeiro e setembro de 2020, foi a segunda testemunha a falar no julgamento.

Wagner Andrade Pimenta, o Misael, um dos quatro filhos biológicos da ex-deputada federal Flordelis, foi a teceira testemunha a ser ouvida. No testemunho, Misael declarou que Flordelis tentou o responsabilizar como o mandante do assassinato de Anderson do Carmo depois dele revelar para polícia mensagens que comprovariam a existência de um plano para matar o pastor. Segundo Misael, as mensagens teriam sido escritas por Flordelis no tablet do próprio Anderson para ser enviadas a Lucas. Elas teriam sido descobertas pelo pastor, que mesmo sob ameaça, teria preferido não procurar a polícia por medo de criar um escândalo.

A quarta testemunha a falar no julgamento foi a esposa de Misael. No depoimento para o Tribunal do Júri, Luana confirmou um relato feito por Misael de que Flordelis teria quebrado o celular de Anderson do Carmo após o assassinato e jogado os restos do aparelho na Baia de Guanabara.  Ao ser questionada sobre a declaração do marido, de que Flávio teria confessado o crime para ele, Luana afirmou se lembrar apenas dele pedir desculpas para Misael.

Roberta dos Santos, também filha de Flordelis, foi a quinta pessoa a depor no julgamento de Flávio e Lucas. De acordo com ela, Flávio, um dos julgados, é uma “pessoa ruim”. Roberta também contou que o “irmão” mais velho castigava os mais novos.

A única testemunha de defesa, ex-patroa de Lucas César dos Santos, Regiane Ramos, também foi ouvida. Após depoimento, ela falou com a imprensa e contou sobre um episódio após a morte do pastor, em que uma bomba foi jogada em sua casa. Questionada sobre quem poderia ter feito isso, Regiane respondeu: “Flordelis e sua corja. Ela queria me intimidar porque eu sou a única que tenho contato com o Lucas. E na verdade, Lucas era a pessoa que ela queria incriminar”.

Durante a fase de interrogatórios, Lucas manteve a versão que sim, ajudou Flávio a comprar a arma, mas não sabia para qual finalidade. Ele também confirmou que havia sido procurado por duas irmãs antes para matar Anderson do Carmo. Uma delas, a Marze, ofereceu 10 mil reais para ele fazer o serviço.

Quando chegou a vez de Flávio, ele avisou que só ia usar o direito de permanecer calado e a juíza encerrou o depoimento antes mesmo de começar.

Flordelis, outros cinco filhos e uma neta ainda aguardam a data do julgamento por júri popular.

 

 

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