Fundação Getúlio Vargas lança livro que analisa potencial ambiental e econômico da Floresta Amazônica

O projeto “Amazônia XXI” da Fundação Getúlio Vargas defende a preservação da Floresta Amazônica, sem esquecer o potencial econômico e produtivo da região conhecida como o ‘Pulmão do Mundo’. A iniciativa faz parte de um livro desenvolvido durante 2 anos de pesquisa ao longo do período de pandemia da Covid-19. Ao todo, são 15 artigos de diferentes especialistas que oferecem uma nova visão do universo amazônico.

A publicação chega ao Brasil após ter sido lançada em Portugal, na cidade de Lisboa na sequência dos eventos importantes que marcaram as participações dos dois países, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP26 em Glasgow, na Escócia quando os principais líderes mundiais discutiram os avanços no enfrentamento ao aquecimento global.

Devido a sua vasta área tropical, os pesquisadores que participaram da confecção do livro, consideram a Amazônia como um ambiente complexo e dinâmico. O estudo analisou a bacia hidrográfica da floresta, que  é composta por uma variedade de paisagens e ecossistemas, que incluem não apenas as florestas tropicais úmidas, florestas inundadas ou várzeas, como também savanas e uma rede intrincada de rios, lagos e igarapés.

A Amazônia Legal inclui uma área de dez estados brasileiros cujos municípios responderam por 8,6 % do PIB  do país no ano de 2016. Já no aspecto ambiental, a importância do bioma para o planeta é incalculável. Ao todo são 350 trilhões de árvores, o que representa cerca de 45 árvores para cada habitante do mundo. Nelas estão estocadas ao menos 80 bilhões de toneladas de carbono.

Amazônia XXI inclui depoimento de um dos integrantes do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, iniciativa condecorada com  o prestigiado Prêmio Nobel da Paz em 2007. No projeto, o cientista Carlos Nobre, retoma sua tese, a da Amazônia 4.0, para propor o desenvolvimento da economia no bioma e sinalizar o enorme potencial dos ativos naturais amazônicos. O climatologista apresenta ainda uma série de alertas sobre a degradação na floresta e os impactos ocasionados pela ação humana.

A publicação conta, também, com cerca de 180 imagens, entre fotografias e reproduções de documentos e obras de arte, reunidas a partir de um meticuloso processo de curadoria somado a pesquisas que delineiam o pungente cenário artístico que constrói a visualidade amazônica contemporânea. O livro estará disponível em uma edição bilíngue, em português e inglês, que será disponibilizada no site da FGV Conhecimento inclui ainda cerca de 180 imagens, entre fotos, reproduções de documentos e obras de arte.