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Capital Fluminense

Gerente de banco suspeito de desviar cartões do INSS é preso pela Polícia Federal

De acordo com as investigações, em apenas um mês, 110 cartões do INSS foram emitidos pelo suspeito, resultando um prejuízo de R$ 120 mil

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gerente do banco Santander é alvo de operação por desvio de cartões previdenciários
Suspeito recebia entre mil e dois mil reais por cada cartão emitido (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (14), a “Operação La Tarjeta” para desarticular uma quadrilha de estelionatários especializada no desvio de cartões vinculados a benefícios previdenciários. Um dos investigados atua como gerente no banco Santander e foi responsável pela emissão de diversos cartões do INSS sem autorização.

De acordo com a Polícia Federal, em apenas um mês, 110 cartões do INSS foram emitidos pelo suspeito, resultando um prejuízo de R$ 120 mil. O gerente, de 42 anos, recebia entre mil a dois mil reais por cartão desviado, a depender da quantidade. 

Um mandado de prisão temporária e outro de busca e apreensão foram cumpridos na residência do investigado, em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio. O preso responderá pelos crimes de associação criminosa e estelionato previdenciário. Caso seja condenado, ele pode receber pena de até 13 anos de reclusão. 

A ação contou com dez agentes da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (DELEPREV)e apoio do Setor de Inteligência e Investigação de Segurança Corporativa do Banco Santander.

O golpe

Segundo as investigações, a organização criminosa dependia que o gerente da instituição bancária realizasse inúmeras solicitações para emissão dos cartões de benefícios do INSS. Era ele quem recebia os cartões, cadastrava as senhas escolhidas pelos criminosos e efetuava a liberação dos benefícios aos demais comparsas.

 Em apenas um mês, o gerente em questão chegou a emitir 110 cartões magnéticos do INSS, vinculados a benefícios previdenciários do tipo Amparo Assistencial ao Idoso, sem que houvesse a presença e autorização dos verdadeiros titulares do benefício ou qualquer representante legal. 

Após a emissão dos cartões, integrantes da quadrilha passavam a realizar os saques fraudulentos dos benefícios mensalmente, dividindo os lucros ilícitos entre os criminosos e causando severos prejuízos à Previdência Social. 

As investigações revelaram ainda que, dentro desse período de um mês citado previamente, a associação criminosa movimentou cerca de R$ 120 mil através do uso de cartões emitidos ilicitamente.

O nome escolhido para a operação consiste na tradução espanhola para o termo “cartão”, fazendo alusão ao instrumento físico de identificação bancária, emitido por um banco ou entidade financeira, que autoriza o indivíduo a utilizá-lo como meio de pagamento.

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