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Política

Ilha do Governador recebe Festival Escola de Lutas, realizado pela prefeitura do Rio

Atualmente, o Escola de Lutas atende cerca de dois mil alunos, divididos em 35 núcleos. O público é prioritariamente de alunos das redes públicas

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Foto: Divulgação / Prefeitura do Rio

A prefeitura do Rio de Janeiro realizou, neste sábado (16), na Ilha do Governador, na Zona Norte, o ‘Festival Escola de Lutas’, na Vila Olímpica Nilton Santos. O evento contou com a presença do prefeito Eduardo Paes e do secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder. Com a presença de mais de 500 pessoas, o festival reuniu alunos e professores de várias modalidades, entre jiu-jitsu, boxe, capoeira e muay-thai.

– Essa é uma iniciativa muito importante. Se tem algo que a luta traz, e os mestres têm um papel fundamental nisso, é a disciplina. Vivemos numa sociedade cheia de problemas porque falta disciplina. Precisamos aprender a respeitar e saber o momento de se posicionar. E a luta faz isso como nenhuma outra modalidade esportiva. Temos esse projeto espalhado por toda a cidade, com mais de 30 núcleos, treinando muita gente, com alguns indo para o alto rendimento. Parabéns a todos vocês por esse grande projeto – afirmou o prefeito Eduardo Paes.

O Escola de Lutas começou oferecendo aulas de lutas marciais somente aos sábados, nas escolas municipais, dentro do programa Sábado Carioca e tendo como um dos objetivos auxiliar as aulas de reforço e diminuir a evasão escolar. Agora, o projeto oferece aulas de lutas nas escolas durante a semana também. Antes restrito às escolas municipais, o projeto se expandiu e há núcleos em áreas públicas, praças e espaços privados, por meio de parcerias.

– Hoje, estamos aqui na Vila Olímpica Nilton Santos, na Ilha do Governador, para fazer uma apresentação de todas as lutas oferecidas no projeto, mas ele acontece em vários cantos da cidade. No projeto Escola de lutas, nós focamos num grupo de professores para somente ensinar lutas para as crianças – disse o secretário de Esportes, Guilherme Schleder. 

Atualmente, o Escola de Lutas atende cerca de dois mil alunos, divididos em 35 núcleos. O público é prioritariamente de alunos das redes públicas, mas há também adultos, idosos e PCDs.

–  É maravilhoso ter a vila olímpica recebendo um grande evento como esse. Nós desenvolvemos muitas atividades esportivas aqui na Vila Olímpica Nilton Santos, com professores de lutas e também de ciclismo e outros esportes. Nesse trabalho social e esportivo que é feito aqui, nós conseguimos tirar muitas crianças do caminho errado, trazendo para o mundo dos esportes e da cidadania – destacou o subprefeito das Ilhas, Rodrigo Toledo.

Aluno começou a praticar luta para se defender de bullying

Miguel Gomes Magalhães, de 14 anos, é aluno do projeto no núcleo do Lins de Vasconcelos. Ele conta que, aos seis anos, resolveu aprender a lutar jiu-jitsu para se defender do bullying que estava sofrendo na escola, quando chegou até a apanhar de colegas. 

– Isso me incentivou a aprender a lutar para poder me defender. Acabei me apaixonando pelo jiu-jitsu e virei competidor. Também aprendi a respeitar os mais velhos, aquelas pessoas que têm mais sabedoria do que a gente. Jiu-jitsu não é só lutar, é ter também educação e disciplina. São diversas regras que nós temos que cumprir – explica o faixa verde de jiu-jitsu, que hoje coleciona medalhas de campeão estadual, panamericano e sul-americano em sua categoria. 

Faixa preta de judô e jiu-jitsu, o professor Chico Melo tem 70 alunos no núcleo da Escola de Lutas no Lins de Vasconcelos. Para ele, a maior recompensa é quando consegue transformar a vida de uma criança por meio da prática de uma atividade esportiva

– Um dos objetivos do nosso projeto é ocupar o tempo vago das crianças, tirá-las da frente de um computador, de um celular. Hoje em dia, a juventude deixa um pouco de lado os exercícios físicos, mas sabemos que a luta é importante para a saúde e o desenvolvimento delas. 

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