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Polícia Civil

Influenciadoras acusadas de racismo prestam depoimento por mais de 4 horas

Com mais de 13 milhões de seguidores nas redes sociais, Nancy e Kérollen ficaram famosas por compartilhar o cotidiano de mãe e filha

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Foto: Lucas Araújo / Super Rádio Tupi

Depois de mais de quatro horas depoimento, as influenciadoras Nancy Gonçalves e Kérollen Cunha deixaram a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) sem falar com a imprensa. Acompanhadas de uma advogada, elas foram ouvidas pela delegada Rita de Cássia Salim, responsável pelo inquérito que investiga o crime de racismo praticado por mãe e filha contra duas crianças na região de Bandeirantes, em São Gonçalo.

As duas influenciadoras chegaram à delegacia por volta de 10h desta segunda-feira (12). Para driblar os jornalistas, a advogada impediu que Nancy e Kérollen fossem gravadas. Houve um princípio de confusão, a defensora gritou pelo policial de plantão para que nenhum dos profissionais tivesse acesso às influenciadoras. O depoimento estava marcado para semana passada, mas foi reagendado a pedido dos advogados.

O CASO

Com mais de 13 milhões de seguidores nas redes sociais, Nancy e Kérollen ficaram famosas por compartilhar o cotidiano de mãe e filha. Na tentativa de modificar o conteúdo publicado, as duas influenciadoras gravaram crianças negras de São Gonçalo, e aproveitaram a situação de vulnerabilidade para oferecer dinheiro, uma banana e um macaco de pelúcia. A advogada Fayda Belo, especialista em Direito antidiscriminatório, foi quem denunciou as imagens, levando o caso até a Polícia Civil.

REPERCUSSÃO

Os vídeos foram removidos da internet após a enxurrada de críticas recebidas pelos seguidores. Impactadas pela repercussão negativa e pela possibilidade de perder patrocinadores, Nancy e Kérollen emitiram uma nota pública através de uma assessoria jurídica, onde alegaram que “repudiam veementemente qualquer forma de discriminação racial”, e que “naquele contexto, não havia intenção de abordar a temática racial”.

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