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Brasil

Inteligência artificial pode intensificar onda global de demissões

Especialista diz como unir IA com capacidades humanas

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Inteligência artificial
Inteligência artificial (Foto: Divulgação)

O surgimento da inteligência artificial (IA) generativa pegou a todos de surpresa, antes de tudo porque deu-se quase que na sequência da onda de demissões das principais big techs, que, juntas, já anunciaram cortes de quase 80 mil profissionais. Esse temor em relação ao aumento do desemprego em nível global existe por conta da incorporação das IAs em atividades que seriam realizadas por humanos. 

O surgimento da inteligência artificial generativa tem gerado preocupação em relação ao futuro do trabalho. É necessário buscar formas de aliar-se à tecnologia e aproveitar as oportunidades que ela traz. Segundo a especialista em Liderança, Gestão, professora da FGV e idealizadora do Projeto Novas Idades, Cristina Goldschmidt, investir em educação e desenvolvimento de habilidades que complementem as tecnologias emergentes é essencial. “Além do domínio de habilidades técnicas, é necessário desenvolver habilidades socioemocionais, que são fundamentais para a adaptação às mudanças e podem ser diferenciais no contexto da IA”, diz. 

especialista em Liderança, Gestão, professora da FGV e idealizadora do Projeto Novas Idades, Cristina Goldschmidt.
especialista em Liderança, Gestão, professora da FGV e idealizadora do Projeto Novas Idades, Cristina Goldschmidt. (Foto: Divulgação)

Ainda segundo Cristina, é preciso priorizar a regulamentação da IA e o direcionamento das políticas de educação. “A regulamentação deve incluir medidas para mitigar os efeitos negativos no emprego, incentivar a criação de empregos relacionados à IA e promover a inclusão digital”, analisa. Ela continua dizendo que políticas de educação devem incentivar a aprendizagem contínua e o desenvolvimento profissional (educação ao longo da vida), fornecendo programas de requalificação e formação profissional voltados para o desenvolvimento de habilidades relevantes para a era da IA, que podem ser oferecidos em parceria com instituições de ensino, organizações governamentais e empresas, proporcionando treinamentos práticos e oportunidades de estágio para uma transição eficaz para o novo mercado de trabalho. “O envolvimento do setor privado é fundamental para criar oportunidades de aprendizado prático e garantir que a educação esteja alinhada com as demandas do mercado de trabalho. É importante que essas políticas levem em consideração as desigualdades socioeconômicas e as necessidades específicas das comunidades”. 

Cristina finaliza dizendo que outros aspectos de regulamentação devem ser cuidados, como transparência, privacidade e proteção de dados, viés e discriminação, responsabilidade civil e segurança e cibersegurança.

“É importante ressaltar que a regulamentação da IA deve ser flexível o suficiente para acompanhar o ritmo das inovações tecnológicas, permitindo a adaptação às mudanças e promovendo a colaboração entre governos, indústria, especialistas e sociedade civil”.

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