Maioria dos policiais mortos de forma violenta no Rio estava de folga

A maioria dos policiais mortos de forma violenta, no Estado do Rio, entre os anos de 2016 e 2020, estava de folga. Segundo o relatório divulgado pelo Instituto de Segurança Pública, 506 agentes morreram, neste período, sendo 148 em serviço e 358 de folga.

Ainda de acordo com o ISP, a maior parte das mortes aconteceu na capital e 76,1% dos agentes estavam lotados em unidades operacionais. Sobre o motivo das mortes não-naturais de policiais no Rio, 71,9% delas foram causadas por homicídios, lesão corporal causada por arma de fogo e roubo seguido de morte.

Além disso, o levantamento apontou também que em cada dez vítimas de latrocínio no Rio de Janeiro, uma era policial. Para a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, o trabalho tem o intuito de compreender a vitimização policial e oferecer dados e análises que auxiliem o Executivo estadual nos esforços para o desenvolvimento de ações concretas para reduzir essa violência.

“As instituições policiais e os governos têm, cada vez mais, se preocupado com a segurança de seus agentes e trabalhado no sentido de garantir o seu bem estar, não só durante o trabalho, mas também nos momentos de folga. Os nossos dados mostram que há um desafio também no que diz respeito à saúde mental dos policiais. O importante de trazer esses dados para a sociedade é justamente mostrar que, apesar desses agentes do Estado terem o monopólio da violência, eles também são vítimas dela e isso precisa ser combatido”, afirmou.