Rio
MC Poze do Rodo tem prisão revogada e Justiça impõe medidas rígidas
Cantor estava preso por suspeita de envolvimento com o tráfico; decisão impõe medidas cautelares
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a soltura de MC Poze do Rodo nesta segunda-feira (2), menos de uma semana após o cantor ser preso em casa, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes. O habeas corpus, concedido pelo desembargador Peterson Barroso, revogou a prisão temporária do artista, que havia sido detido sob suspeita de apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas.
Barroso considerou que a prisão não era essencial para a investigação. Na decisão, o magistrado destacou que o foco das investigações deveria ser nos líderes de facções criminosas, e não em artistas como Poze.
O cantor, no entanto, deverá cumprir diversas medidas cautelares, como comparecimento mensal à Justiça, restrição de contato com membros do Comando Vermelho, proibição de se ausentar da comarca e entrega do passaporte.
Quais foram as condições impostas a Poze?
Embora tenha sido solto, MC Poze do Rodo deverá cumprir seis medidas cautelares, que incluem:
• Comparecimento mensal em juízo até o dia 10 de cada mês;
• Proibição de sair da comarca do Rio de Janeiro;
• Disponibilidade para contato imediato com a Justiça;
• Proibição de mudar de endereço sem comunicar o juízo;
• Proibição de contato com outros investigados ou membros do Comando Vermelho;
• Entrega do passaporte em até cinco dias, caso possua.
A decisão também destacou que o artista já havia sido absolvido anteriormente em processo semelhante, o que reforça o entendimento de que ele pode aguardar o andamento da investigação em liberdade.

Qual a relação de Poze com o Comando Vermelho?
Durante sua entrada no sistema penitenciário, Poze declarou formalmente sua ligação com o Comando Vermelho ao preencher uma ficha padrão. A informação, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), é usada para evitar conflitos entre presos de facções rivais.
Com essa declaração, Poze foi encaminhado para a Penitenciária Serrano Neves (Bangu 3), onde estão detidos membros do CV. Vale lembrar que essa ficha não configura uma confissão de culpa, mas é um protocolo utilizado pelo sistema prisional.