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Capital Fluminense

Ministério Público cumpre mandados contra o ex-secretário Raphael Montenegro

Ex-dirigentes da Secretaria de Administração Penitenciária também são alvos da operação

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Raphael Montenegro, secretário de administração

Raphael Montenegro, secretário de administração penitênciária (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Estado cumpre mandados de busca e apreensão contra o ex-secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro e ex-dirigentes da Seap. Os documentos apreendidos durante a operação serão unidos a investigação que apura se Montenegro recebeu vantagem ilícita para autorizar a soltura, do Complexo de Gericinó, de um integrante de uma das maiores facções criminosas do estado do Rio.

Os mandados foram expedidos pela 42ª Vara Criminal da Capital Fluminense. Uma das equipes do M partiu em direção ao Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste da cidade. Outra, foi à sede da Seap, no Centro do Rio. Imagens obtidas pela investigação, com autorização da Vara de Execuções Penais, mostraram “Abelha”, logo após ser posto em liberdade, caminhando pelas vias públicas próximas ao Complexo de Gericinó.

Na filmagem, o criminoso se aproxima de um veículo oficial que era escoltado por um outro automóvel, quando o ocupante do banco carona dianteiro o cumprimentou na ocasião, havendo informes indicando que este cumprimento partiu de Raphael Montenegro, ex-secretário da pasta.

Ainda segundo o MP, Abelha comemorou sua festa de aniversário dentro do Instituto Penal Vicente Piragibe, quando teria sido indevidamente autorizado o ingresso de alimentos normalmente proibidos aos presos em geral, denotando o tratamento diferenciado que a então cúpula da Seap prestaria às lideranças do Comando Vermelho detidas no local.

Em agosto deste ano, a Polícia Federal prendeu Montenegro e dois subsecretários — Wellington Nunes da Silva, da Gestão Operacional, e Sandro Farias Gimenes, superintendente da secretaria. Na ocasião, a PF informou que Montenegro acertou a volta ao Rio de traficantes detidos em presídios de segurança máxima. Segundo a investigação, em troca de influência nos locais dominados pelos criminosos.

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