Motorista de app morre após ser baleado na cabeça durante corrida no Rio
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Motorista de aplicativo é assassinado na Zona Oeste após tentativa de assalto

Wagner Ferreira, de 39 anos, foi atingido na cabeça enquanto trabalhava em Senador Camará

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Motorista de aplicativo morre após ser baleado na cabeça durante corrida no Rio. Foto: Reprodução

A Polícia Civil investiga a morte de um motorista de aplicativo, identificado como Wagner Ferreira, de 39 anos. Ele trabalhava na noite desta segunda-feira (26), na Rua Julho de Melo, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio, quando foi baleado na cabeça, por volta das 22h.

Segundo testemunhas, o motorista foi vítima de uma tentativa de assalto por parte dos próprios passageiros que solicitaram a corrida. Após o crime, os bandidos fugiram para a comunidade da Vila Aliança.

Irmão de Wagner, Vanderson Ferreira, contou o que os policiais informaram sobre o episódio: “Me passaram que foi uma situação de assalto, que alguns moradores que viram a situação informaram que um desceu do banco de trás e o outro do banco da frente. O que estava no carona atirou no meu irmão. Segundo informação de populares que estavam lá, uma menina que mora próximo onde foi, falou que visualizou tudo, mas não gostaria de ser identificada porque mora perto de comunidade”, contou.

O motorista foi socorrido por bombeiros do quartel de Realengo para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, ficou internado, mas morreu na unidade.

Wagner Ferreira, de 39 anos de idade, rodava há cinco anos como motorista de aplicativo, e era eletricista. O corpo dele segue no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. O caso foi encaminhado à 34° DP (Bangu).

Motorista de aplicativo morre após ser baleado na cabeça durante corrida no Rio. Foto: Reprodução

Paciente foi transferido duas vezes

Segundo o irmão da vítima, Wagner era obeso e não teria como passar por tomografia no Albert Schweitzer por conta dessa condição. Por isso, ele foi transferido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte do Rio, onde seria realizado o procedimento.

Porém, ainda segundo Vanderson, o hospital estadual também não tinha condições de realizar a tomografia e com isso, o irmão foi encaminhado de volta para o Hospital Albert Schweitzer.

Motorista de aplicativo morre após ser baleado na cabeça durante corrida no Rio. Foto: Reprodução

De acordo com ele, Wagner não passou por tomografia, nem por cirurgia. Vanderson foi comunicado da morte de Wagner por volta das 5h desta terça-feira (27).

Em nota, o Hospital Estadual Getúlio Vargas informou que recebeu o paciente Wagner Ferreira por decisão da regulação municipal, apesar de a unidade não dispor de tomografia para pacientes superobesos.

Ainda de acordo com a direção da unidade, após atendimento com um neurocirurgião, foi constatada a necessidade do exame, e a regulação decidiu transferi-lo novamente. De acordo com o documento, a Secretaria de Estado de Saúde vai notificar o município para que os protocolos de regulação sejam respeitados.

Confira a nota na íntegra:

O Hospital Estadual Getúlio Vargas esclarece que o paciente Wagner Santos Ferreira foi transferido do Hospital Municipal Albert Schweitzer por decisão do sistema de regulação do município do Rio, mesmo tendo ciência de que a unidade não conta com tomografia para pacientes superobesos.

Ao dar entrada no hospital, Wagner foi atendido por um neurocirurgião e, diante do quadro clínico, foi indicada a realização do exame de tomografia, imprescindível para a realização de cirurgia nesses casos.

A regulação municipal decidiu, então, transferir o paciente para outra unidade hospitalar.

A SES-RJ vai notificar a Secretaria Municipal de Saúde para que os fluxos de regulação sejam respeitados, evitando que situações como essa voltem a ocorrer.

A Secretaria Municipal de Saúde informou, também através de uma nota, que desde a chegada de Wagner ao Hospital Albert Schweitzer, o paciente recebeu todos os cuidados necessários, mas devido à localização do projétil, infelizmente não havia possibilidade de recuperação.