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Bienal do Livro

Mulheres debatem o feminismo e a missão de interagir com outras pautas da sociedade

Diversas fases e vertentes estiveram presentes na mesa da Bienal do Livro

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(Foto: Diogo Sampaio)

O feminismo, com as suas diversas fases e vertentes, foi o tema de uma das mesas de debates realizadas no segundo dia de evento da Bienal do Livro Rio. Com a presença das escritoras e professoras Giovana Xavier e Heloisa Buarque de Hollanda, além da poetisa Maria Isabel Iorio e da atriz Mariana Ximenes, a importância do movimento e a necessidade de mantê-lo ativo, nas mais diversas camadas da sociedade, foram o centro da conversa.

Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Giovana Xavier defendeu que o feminismo deve conversar com outras pautas, como as ligadas as questões raciais:

“Precisamos escrever uma história, de fato, interssexual e interacial. O racismo não é cego, mas sim um plano para manter os privilégios. É a consequência de uma supremacia branca, que a gente compartilha como valor”.

Já a poetisa Maria Isabel Iorio focou na dificuldade de se ter uma carreira na área, sendo mulher e lésbica:

“Tem uma falsa ideia de que a poesia é a arte ou uma das artes mais democráticas. Mas a gente está no Brasil, e muita gente não sabe nem ler e nem escrever, por exemplo. E a gente esquece isso”.

O preconceito dentro da academia foi o foco da fala de Heloisa Buarque de Hollanda:

“A produção de conhecimento é um modelo construído pelo homem branco. Para você ler um Focault, você precisa saber quem ele é: um homem branco francês”, completou.

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