Mais de 95% dos mortos em megaoperação tinham vínculo com o CV
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Operação Contenção: mais de 95% dos mortos tinham vínculo com o Comando Vermelho

O relatório indica ainda a presença de chefes do Comando Vermelho de 11 estados brasileiros atuando no Rio de Janeiro

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Operação Contenção: mais de 95% dos mortos tinham vínculo com o Comando Vermelho. Foto: Governo do Rio

O Governo do Estado do Rio de Janeiro divulgou, neste domingo (2), o perfil dos 115 mortos identificados durante a Operação Contenção, realizada na última terça-feira (28). A ação, considerada uma das mais complexas já feitas contra o crime organizado no estado, foi conduzida pela Polícia Civil.

Segundo o levantamento, mais de 95% dos mortos tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho e 54% eram oriundos de outros estados. Apenas dois laudos resultaram em perícias inconclusivas. O balanço não inclui os quatro policiais que morreram durante a operação.

O que revelou o relatório da Polícia Civil?

O setor de inteligência da Segurança Pública apontou que 59 dos mortos possuíam mandados de prisão pendentes e ao menos 97 tinham histórico criminal relevante. Dos 17 sem registros anteriores, 12 apresentavam indícios de envolvimento com o tráfico em publicações nas redes sociais.

A lista também detalha a origem dos suspeitos, sendo 62 de fora do Rio de Janeiro:

  • 19 do Pará
  • 12 da Bahia
  • 9 do Amazonas
  • 9 de Goiás
  • 4 do Ceará
  • 3 do Espírito Santo
  • 2 da Paraíba
  • 1 do Mato Grosso
  • 1 do Maranhão
  • 1 de São Paulo
  • 1 do Distrito Federal

O relatório indica ainda a presença de chefes do Comando Vermelho de 11 estados brasileiros atuando no Rio.

“A apuração concluída é o verdadeiro retrato do cenário que eu venho insistentemente falando. Foi um duro golpe na criminalidade. Entre os que morreram ao reagir à ação das forças policiais, havia diversos líderes criminosos. Inclusive de outros estados, como chefes do tráfico do Espírito Santo, Amazonas, Bahia e Goiás. Se não tiver uma integração efetiva de poderes e demais entes, sob a ótica e apoio federal, vamos vencer batalhas, mas não a guerra. Conter a expansão territorial do Comando Vermelho (CV) e enfrentar criminosos de alta periculosidade depende de ações unificadas e inteligentes. É o início de um grande processo no Brasil”, disse o governador Cláudio Castro.

Polícia reforça continuidade das investigações

O secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, afirmou que a divulgação da lista não encerra as apurações. Segundo ele, todos os dados estão sendo formalizados para garantir a transparência e a legalidade da operação.

“Essa mínima fração de narcoterroristas neutralizados que não possuíam anotações criminais, nem imagens em redes sociais portando armas ou demonstrando vínculo com facções criminosas não significa nada. Se eles não tivessem reagido à abordagem dos policiais, teriam sido presos em flagrante pelo porte de fuzis, granadas e artefatos explosivos, por tentativa de homicídio contra os agentes de segurança e também pelos crimes de organização criminosa e associação para o tráfico de drogas. Portanto, são narcoterroristas que saíram do anonimato.”

Ações da Polícia Militar durante a operação

O secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, destacou que os confrontos ocorreram apenas com criminosos que resistiram à ação.

“Uma estratégia fundamental adotada pelas forças de segurança foi empurrar os bandidos para uma área de mata fora da área habitada, no alto do morro, preservando a segurança da população. Foi lá onde se deram os maiores embates. E quem estava na mata, estava em confronto com a polícia”, relembrou Menezes.

1 comentário

1 comentário

  1. PEDRO BENEDICTO DE FARIA

    3 de novembro de 2025 em 09:59

    PARABÉNS AO GOVERNADOR CLAUDIO CASTRO E AOS SECRETARIOS DE POLICIAS CIVIL E MILITAR.FALTOU O APOIO DO EXÉRCITO. É DEVER DAS FORÇAS ARMADAS A DEFESA NACIONAL CONTRA AGRESSÃO EXTERNA E INTERNA TAMBÉM.VERGONHOSO OS GENERAIS DE BRIGADA, DE DIVISÃO E DE EXÉRCITO, NÃO DAREM NENHUM APOIO CONTRA OS NARCOTERRORISTAS E SOBRECARREGAR OS HERÓICOS POLICIAIS CIVIS E MILITARES.

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