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Brasil

Pesquisa aponta que 84% dos brasileiros se preocupam com padrões de beleza

Dados apontam que a busca intensiva para se manter no padrão “corpo perfeito” pode gerar traumas incuráveis

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Pesquisa aponta que 84% dos brasileiros se preocupam com padrões de beleza
Pesquisa aponta que 84% dos brasileiros se preocupam com padrões de beleza

Outros 4% afirmam se considerar belos. Essa estatística revela que o problema com o padrão normativo social causa grandes danos mentais e físicos, sobretudo às mulheres, mas o número de homens que buscam o corpo perfeito e se sentem infelizes ao não conseguir cresce a cada dia. A pesquisa é do NIEM – Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Mulher e Gênero do Rio Grande do Sul. Dados apontam que a busca intensiva para se manter no padrão “corpo perfeito” pode gerar traumas incuráveis.

Kelvin Millarch, que trabalha com teatro e arte menciona sobre essa teoria do corpo perfeito e bonito que influencia na política selecionável para o audiovisual.

Millarch lembra-nos que “existem dinâmicas de produções culturais que a ocupação de corpos ‘despadronizados’ podem estar possuindo certos significados, ou para estereótipos, ou, ainda, como ato político, ou quaisquer mais propostas. O teatro possui mais liberdade para quebrar esses estereótipos, uma vez que o público é diferente e os indivíduos que produzem podem buscar diferentes formas de trabalhar essas pautas em cena”, afirma.

O Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos afirma que 70 milhões de pessoas no mundo todo sofre de algum transtorno alimentar em busca das curvas atraentes e perfeitas do corpo. Atrelados à essa pesquisa, outro dado é ainda mais preocupante. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo afirma que 77% dos adolescentes apresentam indícios de que tenham predisposição em desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar. Pessoas que são mais ligadas ao lúdico, artes cênicas, ao teatro, dança, possuem mais condições de se aceitarem como são, de verdade. “O teatro é apenas uma linguagem na qual podemos debater a diversidade física de indivíduos. A situação é muito maior e culpar especificamente o meio artístico por essa problemática é um pouco complicado”, fala Kelvin.

Nem culpabilizar e nem apontar como saída, como solução, “devemos ter uma consciência desde fatores eurocêntricos e capitalistas. Pensar em como a mídia e políticas financeiras afetam essa pauta A arte apenas retrata e levanta debates para isso e a verdadeira resistência está em uma revolução social”, relata o artista, co-fundador da Cia Kà de Teatro.

A Cia KÀ de Teatro possui diversas produções em audiovisual e atualmente demais construções de espetáculos. Kelvin Millarch dá um aceno para o que vem por aí e revela: “‘Archigram!’ é uma das peças em desenvolvimento na qual o elenco se apropria de personagens fora dos padrões físicos de cada um, relacionando além de tipologias corporais e até relações de gênero, a construção do espetáculo está não apenas preparando um público que reflita sobre essas questões, mas também toda vivência do elenco da companhia”, conclui.

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