Polícia resgata mulher vítima de exploração sexual

A Polícia Civil resgatou, na noite desta quinta-feira (05), uma mulher vítima de exploração sexual em Madureira, na Zona Norte, que foi obrigada a fazer programas até por videochamada.

A mulher, que terá o nome preservado, morava em Belo Horizonte, em Minas Gerais, e veio para o Rio de Janeiro atraída por um anúncio de emprego em uma lanchonete, mas quando chegou se tornou vítima dos criminosos e foi mantida em cárcere privado.

Em um site da quadrilha, que foi divulgado pela Polícia Civil, é possível ver dezenas de mulheres seminuas, que supostamente são garotas de programa.

De acordo com o delegado Hilton Alonso, titular da 21ª DP (Bonsucesso), a vítima conseguiu avisar a família através de um dos clientes.

“A mulher teve o seu celular retirado e foi severamente ameaçada a sua integridade e a da família para que ela realizasse a prostituição naquele local. Em um dos programas, ela conseguiu contar a história para um cliente que entrou em contato com o ex-namorado. Esse ex-namorado falou com a polícia mineira que entrou em contato com o setor de inteligência da 21ª DP”.

Alonso disse ainda que “o local onde a prostituição era realizada foi transferido de Duque de Caxias [na Baixada Fluminense] para Madureira, o que causou dificuldade para achar o endereço. Mas com o setor de inteligência foi possível identificar esse local que estava em reformas e em atuação com menor de idade”.

Os agentes da delegacia de Bonsucesso prenderam Karen Lourenço de Souza, gerente do local. Ela irá responder pelos crimes de organização criminosa, cárcere privado e favorecimento à prostituição. Além dela, outros três integrantes foram identificados e serão indiciados. Um deles, considerado o chefe da quadrilha, ainda é acusado de estupro contra a vítima.