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Baixada Fluminense

PRF que visitou menina baleada em hospital responde na Justiça por injúria e ameaça

Caso aconteceu no estacionamento do Fórum de Bangu, após audiência judicial entre Newton Agripino Oliveira Filho e a vítima, em abril deste ano

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PRF tentou entrar no CTI do Hospital Adão Pereira Nunes, em Caxias, onde menina baleada está internada
PRF tentou entrar no CTI do Hospital Adão Pereira Nunes, em Caxias, onde menina baleada está internada (Foto: Reprodução)

O policial rodoviário federal Newton Agripino Oliveira Filho, que tentou entrar no CTI do Hospital Adão Pereira Nunes, onde a menina Heloísa está internada, é acusado por injúria e ameaça contra um corretor de imóveis. O caso aconteceu após uma audiência entre as partes no Fórum de Bangu, na Zona Oeste do Rio, em abril deste ano.

Newton Agripino e o corretor Rossini Maia se envolveram em uma briga judicial por conta de um imóvel, ainda em obras, comprado pelo policial em Bangu, às margens da Avenida Brasil. Mesmo sem a liberação da construtora, por questões de segurança, o agente insistiu para que ele e a esposa visitassem o local e o caso foi parar no 17º Juizado Especial Cível Regional de Bangu.

“Durante toda a audiência, ele ficava me intimidando, debochando com risos irônicos, enquanto me encarava. A juíza responsável chegou a chamar atenção dele. No final, a justiça entendeu que o pedido era improcedente pelos riscos à segurança de qualquer um que fosse ao local sem autorização, e eu fui liberado”, conta o corretor.

Na saída do fórum, Rossini foi interpelado pelo policial no estacionamento e relata ter sofrido uma série de ofensas.

“Ele veio na minha direção com extrema violência e botou o dedo na minha cara. Começou a me xingar novamente, a me ameaçar, dizendo que era policial rodoviário federal e que poderia fazer o que quisesse comigo, que sabia onde eu morava. Eu fiquei parado, em silêncio, estava com medo que ele pudesse estar armado e fazer alguma coisa contra mim ali.”

Após as ameaças, o corretor registrou o caso na 34ª DP (Bangu) e aguarda a audiência de julgamento, prevista para o próximo dia 4 de outubro.

“Eu fui uma vítima direta dele. Ele me ameaçou, me coagiu, disse que iria na minha casa. Quando vi as imagens dele tentando entrar no hospital, eu o reconheci na hora. Não sei o que ele faria lá dentro, provavelmente ameaçaria os pais da menina também, não sei, mas boa coisa não era”, afirmou Rossini Maia.

Policial não estava na blitz em que criança foi baleada

De acordo com informações apuradas pela Super Rádio Tupi, Newton Agripino não tem envolvimento na abordagem da PRF no Arco Metropolitano que deixou a criança ferida na noite da última quinta-feira (7). Heloísa foi atingida na coluna e na cabeça, e seu estado de saúde é considerado gravíssimo pela direção do Hospital Adão Pereira Nunes.

O agente foi flagrado por câmeras de segurança do hospital portando apenas o distintivo da corporação, tentando acessar a ala do CTI da unidade. O episódio fez o Ministério Público Federal abrir uma investigação para apurar o motivo da visita, que ainda não foi esclarecido.

Newton Agripino chegou a ser exonerado da corporação em 2009 por problemas disciplinares, mas foi reintegrado à Polícia Rodoviária Federal em 2020.

A Super Rádio Tupi pediu um novo posicionamento sobre o policial à PRF, mas a corporação ainda não retornou o contato.

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