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Pomadas capilares: Ministério da Saúde orienta sobre riscos e prevenção

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(Foto: Reprodução / Agência Brasil)

Com a proximidade das festas de fim de ano, das férias escolares e do Carnaval, o Ministério da Saúde reforça o alerta sobre os riscos à saúde associados ao uso de pomadas capilares não autorizadas.

Segundo dados, entre 2023 e 2025, foram registrados 3.821 casos de intoxicação exógena associados ao uso de pomadas capilares no Brasil. O maior número de notificações ocorreu em 2023, com 1.544 casos, seguido por 2024, com 1.479 registros. Em 2025, até a semana epidemiológica 47, já haviam sido contabilizados 798 casos, o que acende um alerta antes mesmo do período de maior incidência no fim do ano.

Os dados mostram que os casos se concentram principalmente em grandes centros urbanos. O Rio de Janeiro lidera as notificações, com 58,9% dos casos, seguido por Pernambuco (28,3%) e Bahia. Entre os municípios, as capitais Rio de Janeiro, Recife e Salvador concentram a maior parte dos registros.

O perfil epidemiológico indica que 89,5% das notificações ocorreram entre mulheres, sobretudo na faixa etária de 21 a 40 anos. A maior incidência foi observada na população negra (pretos e pardos), que representa 64,8% dos casos notificados.

Os principais efeitos observados são danos oculares, como ardor intenso, lacrimejamento, dor, fotofobia e visão borrada, podendo evoluir para lesões na córnea e perda visual temporária”, afirmou.

Além dos problemas oculares, também foram relatados efeitos dermatológicos, como dermatite de contato no couro cabeludo e no pescoço, além de sintomas neurológicos e sistêmicos, incluindo dor de cabeça, tontura e náuseas.

Para o uso seguro de pomadas capilares, a orientação é verificar se o produto é regularizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seguir rigorosamente as instruções do fabricante e utilizar apenas a quantidade recomendada. Também é importante evitar o uso do cosmético em caso de irritações na pele ou nos olhos, optar por produtos mais naturais, manter o item armazenado em local seguro e respeitar a data de validade. O uso deve ser evitado antes de entrar em piscinas ou no mar, já que o contato com a água aumenta o risco de escorrimento para os olhos. Durante a retirada da pomada, recomenda-se proteger cuidadosamente a região ocular para evitar contato direto com o produto.

Em situações de contato da pomada com os olhos, a recomendação é lavar imediatamente com água corrente por, no mínimo, 15 minutos e procurar atendimento de saúde. Além disso, é fundamental notificar a Anvisa sobre o ocorrido, contribuindo para o monitoramento da segurança dos produtos no país. Pessoas com problemas oculares, como conjuntivite, devem evitar o uso de cosméticos para modelar ou trançar os cabelos, a fim de prevenir o agravamento do quadro. O Ministério da Saúde reforça o alerta especialmente após o aumento de casos de emergências oftalmológicas registrado no final de 2023, período em que foi observada a necessidade de atenção redobrada e busca imediata por assistência médica diante de sintomas mais graves.

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