Conecte-se conosco

Rio

‘Reabrir a emergência é o principal objetivo das fiscalizações’, dispara Soranz

Deputado Federal realiza visitas técnicas da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle ao almoxarifado do Ministério da Saúde, em São Paulo, e aos Hospitais Federais do Rio de Janeiro

Publicado

em

'Reabrir a emergência é o principal objetivo das fiscalizações', dispara Soranz (Foto: Giovanna Faria/ Super Rádio Tupi)
'Reabrir a emergência é o principal objetivo das fiscalizações', dispara Soranz (Foto: Giovanna Faria/ Super Rádio Tupi)

Desde o incêndio que atingiu o Hospital Federal de Bonsucesso, em 2020, a população está sem atendimento de emergência. Durante fiscalização na unidade hospitalar na manhã deste sábado (15), o deputado federal Daniel Soranz destaca que reabrir essa emergência é o principal objetivo das fiscalizações.

“São muitos leitos fechados ainda. Temos uma data para abrir essa emergência. A emergência geral de Bonsucesso é fundamental para a região de Bonsucesso, do Alemão, de Manguinhos, para a Maré. Então, a gente espera muito poder ver essa emergência aberta ainda nesse início do governo Lula”, disse o político.

Segundo o relatório do deputado, há vários setores fechados no Hospital de Bonsucesso, como ala de pós-operatório, cardiologia — todos por falta de equipamento e pessoal —, além de quatro salas de cirurgia, 18 leitos de enfermaria e 140 da expansão pediátrica.

Em entrevista ao Programa Cidinha Livre, da Super Rádio Tupi, Soranz detalhou como funcionarão essas vistorias. “De 2019 pra cá venceram R$ 2,2 bilhões de reais em medicamentos e vacinas, que é quase 20% do orçamento do ministério da saúde vencendo sem serem distribuídos. Isso é muito grave. Nós temos quase 56 milhões de unidades de medicamentos e vacinas que vão vencer nos próximos 3 meses. É dinheiro público jogado no lixo por falta de organização dos processos de compra e isso aconteceu na gestão passada e se o ministério da saúde não se organizar vai se repetir. Com dois bilhões de reais nós poderíamos reformar todos os hospitais federais do Rio, podíamos fazer uma reforma incrível no Hospital Universitário da UFRJ ou no Hospital Antonio Pedro, em Niterói”, iniciou. 

Neste sábado (15) ocorrem as primeiras visitas de vistorias nos Hospitais Federais do Rio, que terão continuidade no domingo (16) e na segunda-feira (17). “Todos os Deputados Federais estão convocados para essa visita. A situação é muito crítica. Temos 1026 leitos fechados nas unidades federias, tendo mais de 170 pacientes esperando nas UPAs, nas salas vermelhas e amarelas, uma vaga de alta complexidade nos Hospitais Federais.”

Soranz detalhou, ainda, quais serão as principais unidades de saúde a receberem essa fiscalização reforçada. “O Hospital geral de Bonsucesso está com a emergência fechada, o hospital do Andaraí que tinha a melhor área de queimados do país e está em uma situação de calamidade hoje, com muitos leitos não utilizados por falta de pessoas para trabalhar e recursos humanos. A situação se agrava a cada dia.”

Questionado sobre qual hospital está em pior situação, o Deputado afirmou que o estado mais crítico é do Hospital Geral de Bonsucesso, que está com a emergência fechada. “Estamos lutando para reabrir essa emergência, que é tão importante para região de Ramos, Bonsucesso, Manguinhos e do Complexo do Alemão”, declarou.

Os hospitais federais do Rio de Janeiro são estratégicos para a população de todo o Estado, são referência em média e alta complexidade. As unidades oferecem uma gama de serviços especializados, tais como cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia geral, cardiologia, neurocirurgia, urologia, oftalmologia, oncologia, ginecologia, ortopedia, transplante renal, entre outros, dispondo, alguns deles, de emergências de porta aberta.

A falta de gerenciamento dos hospitais afeta diretamente o funcionamento dele, dessa forma, Soranz afirma que a saúde deve ser uma prioridade. “Isso é uma decisão política, com decisões do Presidente da República e decisão dos Ministros de estado. É muito importante que haja uma decisão política de recuperar, reformar e avançar nos hospitais Federais do Rio”, afirmou.

Continue lendo