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Recuperação das lagoas da Barra divide opiniões em audiência

Especialistas, vereadores e moradores discutem dragagem, esgoto e investimentos em audiência pública no Rio

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Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (11), a Comissão de Meio Ambiente da Câmara do Rio reuniu representantes públicos, moradores e especialistas para discutir soluções para a recuperação das lagoas da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá. O encontro ocorreu em um shopping da região e foi presidido pelo vereador Diego Faro (PL), com participação de parlamentares como Vitor Hugo (MDB), Zico (PSD) e o presidente da Casa, Carlo Caiado (PSD).

O que está em debate na recuperação das lagoas?

Segundo os organizadores, o foco foi avaliar o andamento das obras de dragagem do Complexo Lagunar e discutir os investimentos em saneamento básico. Diego Faro destacou sua ligação com o bairro e o compromisso com o avanço das melhorias ambientais. Já Carlo Caiado ressaltou o papel da Câmara em cobrar ações sustentáveis e reforçou a necessidade de acompanhamento contínuo.

“Estamos no Mês Mundial do Meio Ambiente. Estivemos na Câmara Municipal, onde nos reunimos com a presidência e a comissão. Juntos, elaboramos uma agenda e estamos cumprindo um debate muito importante sobre o saneamento da Área de Planejamento nº 4, que abrange a Barra da Tijuca, Recreio, Vargens, Camorim e Jacarepaguá. Nosso objetivo é ter a oportunidade de prestar contas e buscar diálogo, para promover mais empenho e motivação — e é isso que nos move: ter vocês conosco.”

Quais investimentos previstos?

A empresa Iguá Rio de Janeiro, responsável pelo sistema de saneamento na região desde 2022, apresentou um balanço de suas ações. O diretor de operações, Lucas Arrosti, informou que foram aplicados R$ 798,8 milhões até o 1º trimestre de 2025, mais do que o dobro do valor investido pela operadora anterior entre 2018 e 2021. Segundo ele, o montante total previsto é superior a R$ 2 bilhões ao longo da concessão.

Entre os projetos em curso, destacam-se a dragagem de mais de 2 milhões de m³ de sedimentos, com 562 mil m³ já removidos até maio de 2025, e a abertura de canais para melhorar a oxigenação das águas. Também estão previstos R$ 305 milhões para ampliar a rede de água e esgoto em áreas irregulares, sendo que 21 localidades já foram selecionadas para o início das obras.

Mancha escura no mar

Arrosti comentou ainda sobre a mancha escura que surgiu no mar da Barra em maio. Segundo ele, trata-se de um fenômeno recorrente e natural, causado por maré baixa e influenciado por chuvas e ressacas. O biólogo Mário Moscatelli, consultor da empresa, reforçou que a atual gestão está lidando tanto com as consequências quanto com as causas da degradação ambiental.

No encerramento do encontro, o vereador Diego Faro colocou a Comissão de Meio Ambiente à disposição da população para esclarecer dúvidas e acompanhar as ações futuras.