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Rio registra primeira morte por Febre do Oropouche
A vítima, um homem de 64 anos morador de Cachoeiras de Macacu, morreu após complicações decorrentes da infecçãoA Febre do Oropouche provocou sua primeira morte confirmada no Rio de Janeiro. A vítima, um homem de 64 anos morador de Cachoeiras de Macacu, morreu após complicações decorrentes da infecção. A confirmação foi feita após análises realizadas pelo Lacen-RJ e pela Fiocruz.
O homem foi hospitalizado em fevereiro na Região Metropolitana e faleceu quase um mês depois. Desde a notificação, uma equipe da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) conduziu uma investigação detalhada sobre o caso e intensificou os protocolos de vigilância epidemiológica para conter o avanço da doença.
Os sintomas são semelhantes aos da dengue, incluindo febre, dores de cabeça, nas articulações e músculos, calafrios e náuseas. O período de incubação varia de 4 a 8 dias, e os sintomas persistem por até uma semana. Em geral, os pacientes se recuperam bem, mas há riscos de agravamento em crianças e idosos.
Quais medidas estão sendo adotadas para conter o vírus no estado?
A secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, afirmou que o monitoramento da Febre do Oropouche acontece de forma semanal desde 2023.
“A Secretaria de Estado de Saúde monitora semanalmente o avanço da Oropouche. Desde o ano passado, nossos especialistas têm realizado capacitações com os municípios com o objetivo de evitar a proliferação do vírus e aprimorar a assistência aos pacientes”, conta a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Em fevereiro, profissionais da Vigilância Epidemiológica e da Atenção Primária à Saúde visitaram Cachoeiras de Macacu, município que concentra o maior número de casos. A cidade tem características favoráveis à proliferação do vetor da doença, o maruim, conhecido também como “mosquito pólvora”. O inseto se multiplica em ambientes silvestres, comuns em áreas com vegetação densa e muitas cachoeiras.
Como a população pode se proteger da Febre do Oropouche?
O subsecretário estadual de Vigilância, Mário Sergio Ribeiro, reforçou a importância de medidas preventivas.
“A Febre do Oropouche é nova no nosso estado e requer atenção redobrada. O maruim é bem pequeno e corriqueiro em locais silvestres e áreas de mata. Por isso, a recomendação é usar roupas que cubram a maior parte do corpo, passar repelente nas áreas expostas da pele, limpar terrenos e locais de criação de animais, recolher folhas e frutos que caem no solo, e instalar telas de malha fina em portas e janelas”, explica o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do estado, Mário Sergio Ribeiro.
Casos da doença aumentam de forma acelerada no Sudeste
O primeiro caso no Rio foi registrado em fevereiro de 2024, em um homem que havia viajado ao Amazonas. Desde então, os números dispararam. No ano passado, foram registrados 128 casos. Já em 2025, até 15 de maio, 1.484 casos foram confirmados.
Os municípios com mais registros são Cachoeiras de Macacu (649), Macaé (513), Angra dos Reis (253) e Guapimirim (164), segundo o painel do Monitora RJ.