Eliminatórias para a Copa do Mundo
Seleção vice-campeã mundial vive maior fracasso em Eliminatórias
Time ainda não venceu nenhuma vez na etapa classificatória
A seleção da Suécia vive um momento delicado nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Após quatro rodadas disputadas, o país soma apenas um ponto, com um empate e três derrotas, acumulando um dos piores inícios de campanha de sua história recente. Já é o maior vexame sueco em classificações para a Copa.
A equipe, vice-campeã mundial de 1958, atravessa uma fase de instabilidade técnica e tática. A falta de eficiência ofensiva e os erros defensivos têm custado caro, deixando os suecos longe da zona de classificação. O estopim da crise foi a derrota para a inexpressiva seleção de Kosovo, em casa, por 1 a 0, na última semana.
Crise técnica e falta de renovação no elenco sueco
A má fase da Suécia não é fruto apenas do azar. O time sofre com problemas na renovação do elenco, dependência de veteranos e ausência de jogadores em grande fase nos principais clubes europeus. Desde a aposentadoria de nomes históricos como Zlatan Ibrahimović, a seleção busca um novo protagonista capaz de liderar a equipe dentro e fora de campo. No entanto, até o momento, nenhum jovem talento conseguiu assumir esse papel, embora os atacantes Viktor Gyökeres e Alexander Isak sejam muito badalados.
O técnico Jon Dahl Tomasson enfrentou críticas da imprensa local, que aponta falhas na montagem tática e na capacidade de reação durante os jogos. A torcida, por sua vez, demonstra impaciência diante da falta de resultados e de identidade no futebol apresentado. Tomasson não resistiu à última derrota e acabou demitido. O novo nome deve ser o inglês Graham Potter, que deixou o West Ham em setembro. Ele já assumiria para a Data Fifa de novembro.
Vice em 1958 e a tradição ameaçada
A Suécia tem uma história respeitável em Copas do Mundo, com 12 participações e o vice-campeonato conquistado em 1958, quando sediou o torneio e foi derrotada pelo Brasil de Pelé na final. A última participação em Mundiais ocorreu em 2018, quando caiu na fase de grupos.
Desde então, a Suécia manteve uma presença constante entre as seleções médias da Europa, com campanhas sólidas nos anos 1990 e 2000. Entretanto, o desempenho atual nas Eliminatórias acende um sinal de alerta e coloca em risco a tradição sueca no cenário mundial.
Próximos desafios e a luta pela recuperação
A Suécia ainda tem tempo para reagir, mas o caminho é complicado. Nos próximos jogos, a equipe enfrentará adversários diretos na briga por vaga, o que torna cada ponto decisivo. Em novembro, o time visita a Suécia e recebe a Eslovênia, precisando ganhar os dois jogos e ainda torcer por uma combinação de resultados. Ainda assim, só é possível chegar à repescagem, com a vaga direta já fora de questão.
Para voltar a sonhar com a vaga na Copa, será essencial melhorar o aproveitamento ofensivo e reencontrar a consistência defensiva que marcou as boas fases do país em edições anteriores. A pressão aumenta a cada rodada e, assim, o futuro da Suécia nas Eliminatórias dependerá da resposta imediata dentro de campo.