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Ciência

Setembro Amarelo: Bullying pode triplicar risco de suicídio em adolescentes

Produtora de impacto social busca conscientizar sobre o tema ao promover palestras artísticas em escolas

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Setembro Amarelo: Bullying pode triplicar risco de suicídio em adolescentes
Setembro Amarelo: Bullying pode triplicar risco de suicídio em adolescentes

Setembro Amarelo é o mês de prevenção ao suicídio e o bullying é um dos principais causadores de problemas relacionados à saúde mental em adolescentes, podendo levar esses jovens a tirarem a própria vida. Vítimas de bullying entre 12 e 15 anos têm risco de suicídio triplicado, de acordo com um estudo feito no Reino Unido e publicado no Journal of the American Academy of Child e Adolescent Psychiatry.

Em busca de transformar essa realidade nasceu a palestra artística “Bullying – Qual é a graça?”, idealizada pelo ator e arte educador Victor Meirelles, que já foi vítima da violência.

“Quantos de nós sofreram e ainda sofrem pela marcas e traumas dessas agressões? Lágrimas silenciosas onde o que assalta de mim, de nós, é a vontade de fugir e se isolar. Percebi que não poderia me manter inerte, e assim aceitei o convite para participar de uma peça sobre bullying. Esse foi o primeiro passo, o seguinte que deu vida a criação da palestra artística foi um aluno de uma escola pública do Rio de Janeiro que aos 10 anos relatou a ideação suicida, três tentativas e mostrou as marcas de cortes no corpo”, conta Meirelles.

Oferecida pela produtora Arte Faz Parte Arte Educação e Negócios de Impacto Social, a palestra acontece de uma forma teatral em uma linguagem bem-humorada, interativa e com o estilo stand up comedy, promovendo no espectador uma participação ativa ao longo da apresentação, buscando a reflexão e prevenção, combate e conscientização da violência e bullying na escola.

“Ao fim da apresentação abrimos uma roda de conversas, onde vivenciamos falas e trocas emocionantes, como o reconciliar de colegas de turma ao entender que a piada, apelido e a agressão doem muito no outro e não tem graça nenhuma”, conta Victor Meirelles, fundador da produtora.

Com mais de 10 anos de trabalho, a Arte Faz Parte já impactou mais de 100 mil pessoas direta e indiretamente em escolas e organizações em todo o Brasil.

“Entendemos que tudo advém da comunicação e da relação com a forma que comunicamos, portanto utilizamos a ferramenta da arte educação transmitindo e dialogando temas sérios, mas com boas risadas sem perder a complexidade, de forma leve e lúdica, porque acreditamos que é das experiências que geramos saberes e do contato brincante teatral que floresce as boas práticas”, completa Alessandra Carvalho, arte educadora e também fundadora da produtora.

De acordo com a psicóloga Luana Menezes, quando o bullying começa a acontecer, quanto mais frequente e longo for o período, mais danos psicológicos vão sendo causados nas crianças e adolescente que passam a se sentirem excluídas.

“Elas passam a ter baixa autoestima, sendo comum se sentirem culpadas acreditando naquilo que ouve. Costumam tentar compreender o motivo de serem tratadas de forma hostil pelos colegas. Ao se sentirem incompreendidas e por acharem que tem algo de errado com elas, por não saberem como lidar ou por se verem com poucos ou sem amigos e/ou ter dificuldade de encontrar apoio nos pais, algumas encontram no suicídio o fim dos seus problemas, infelizmente”, diz a psicóloga.

Ela ressalta que trabalhos de prevenção através da arte são essenciais para salvar vidas. “Esse trabalho de conscientização desperta reflexão de valores como empatia, respeito à diversidade e singularidade, compaixão, o que muda a perspectiva e forma de cada jovem olhar a si mesmo e os outros, promovendo o exercício desses valores na prática, além de mais entrosamento e engajamento entre eles”, explica.

Para conhecer mais da iniciativa acesse @artefazparteproducoes.

Se você está tendo pensamentos suicidas e precisa de ajuda agora entre em contato com o Centro de Valorização da Vida, que funciona 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados, pelo telefone 188, pelo e-mail, chat ou pessoalmente. Veja no site https://www.cvv.org.br .

Para você que tem de 13 a 24 anos, também existe o canal de ajuda “Pode Falar”.

Acesse através do link https://www.podefalar.org.br/

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