Tornozeleira eletrônica de suspeito de matar advogado no Centro do Rio estava sem sinal, diz SEAP

A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) informou nesta terça-feira (2), que a tornozeleira eletrônica do apenado Wilson José Câmara de Oliveira, principal suspeito no envolvimento da morte do advogado Victor Stephen Coelho, de 27 anos, morto a facadas, no Centro do Rio, foi instalada em 24 de fevereiro de 2022.

No entanto, no dia 7 de julho desse ano, a Central de Monitoração Eletrônica constatou que a tornozeleira estava sem comunicação de sinal. Seguindo o protocolo, a Central de Monitoração Eletrônica enviou alerta pelo dispositivo eletrônico e tentou, em vão, contato telefônico com o apenado.

Diante da tentativa frustrada de contato e esgotado o prazo legal para que o preso comparecesse à Central de Monitoração Eletrônica para manutenção do aparelho, o fato foi comunicado à Justiça.

O Portal dos Procurados divulgou nesta segunda-feira (1º), um cartaz pedindo informações que possam levar à localização e prisão de Wilson.

Após investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), a 29ª Vara Criminal da Capital do Tribunal do Rio de Janeiro expediu um mandado de prisão temporária contra o suspeito, que já é considerado foragido da Justiça. Ele deve responder pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

Um lado médico de necropsia divulgado nesta terça-feira (2), informou que o advogado levou sete facadas, sendo o golpe fatal no tórax. De acordo com o documento produzido pelo Instituto Médico Legal (IML), a maior perfuração chegou a 70 mm de comprimento. As facadas foram na cabeça, no braço direito e no braço esquerdo. Outras duas na região da costela de Victor.

O advogado foi esfaqueado após deixar uma festa na Praça da República, na madrugada do dia 23 de julho.