Transplante capilar cresce exponencialmente

Ainda que desconhecido por grande parte da população brasileira, o transplante capilar cresce exponencialmente a cada ano. Dados do Trends, ferramenta do Google que mostra os termos mais buscados, mostram que desde 2004, o transplante capilar é a principal pesquisa relacionada a transplante. De acordo com o Trends, o capilar desponta com 48,43%. O crescimento fez com que a ABCRC (Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar) fizesse um levantamento sobre o tema, publicado em agosto de 2023, que indica que 80% das pessoas buscam o procedimento devido à queda de cabelo genética, 10% por queda induzida por medicamento, 5% por motivos de reconstrução e os outros 5% devido à necessidade de reconstrução após o uso de cosméticos. O estudo aponta que, majoritariamente, são os homens (90%) os que procuram mais pelo procedimento em detrimento das mulheres (10%). A ideia de fazer transplante capilar pode parecer peculiar, mas já é uma realidade. Como o procedimento é realizado? O transplante é vitalício? 

No Brasil, hoje, já são mais de 42 milhões de homens calvos ou com algum grau de calvície. E esse número tende a aumentar. Segundo a terapeuta capilar e CEO da Capi Hair Plus, Vanessa Abreu, devido a má alimentação, ação hormonal, e até ao pós-covid, muitos homens e mulheres perderam os seus cabelos. “A tendência é aumentar. E a procura tem sido muito grande. Antes, para que esses homens fizessem o transplante capilar, eles tinham que ir para outros países. E o país que foi pioneiro nessa técnica de transplante capilar foi a Turquia. E lá, eles não têm um suporte pós-transplante, nem pré-transplante. Não sabemos quem são as pessoas que estão de fato realizando o transplante nos pacientes na Turquia. Então muitos pacientes retornavam para o Brasil, tinham complicações e não tinham como tratar. Por isso, as clínicas no Brasil estão aumentando, as técnicas estão cada vez mais sendo aperfeiçoadas pelas clínicas e pelos profissionais”, relata. 

Ainda segundo Vanessa, a procura tem sido muito grande. “Nós operamos, apenas no Rio, mais de 100 homens por mês. E ao fazer isso diariamente, nós nos tornamos especialistas. E essa tem sido a nossa realidade. E o transplante capilar já é considerado hoje para os homens como o silicone é para as mulheres. Hoje, muitos homens chegam com problema de autoestima baixa, homens que, de fato, perdem o convívio social porque não conseguem tirar o boné, não conseguem tirar o chapéu. Após o transplante capilar, eles ganham nova vida, nova motivação. Muitos emagrecem, muitos se casam. Como a gente cuida desses pacientes? Um ano após o transplante, nós fazemos parte dessa vida e parte dessa história”, conta.

Vanessa finaliza dizendo que os preços do transplante capilar eram exorbitantes. Hoje, com a democratização do transplante capilar, o preço está cada vez mais acessível. “E isso é muito bom porque se nós temos um bom preço, nós conseguimos ajudar muito mais homens, muito mais mulheres, do que com um preço elevado. Então essa é a missão: ajudar a maior quantidade de homens e mulheres possíveis a retomar a sua autoestima com o transplante capilar”.