SUS no RJ oferece tratamento sem cirurgia para pedra nos rins

O Governo do Rio de Janeiro iniciou a oferta de um tratamento gratuito e não cirúrgico para pacientes com cálculo renal. A técnica, chamada litotripsia extracorpórea, utiliza ondas de choque para fragmentar pedras nos rins sem a necessidade de cortes ou internação. O procedimento está disponível nas unidades do Rio Imagem Centro e Rio Imagem Baixada, com 440 vagas mensais mediante agendamento.

A aposentada Maria Antônia da Silva, de 69 anos, moradora de Japeri, foi uma das primeiras atendidas no Rio Imagem Baixada. “Foi bem tranquilo, não senti nada”, relata. Já o comerciante Flávio Ferreira, de São Pedro da Aldeia, comemorou o acesso ao SUS após 15 anos de dores renais: “Agora é só tomar os remédios e continuar o acompanhamento no posto”.

Como funciona o novo procedimento contra cálculo renal?

A litotripsia é feita em até uma hora e os fragmentos do cálculo são eliminados naturalmente pela urina nos dias seguintes. Em casos de pedras maiores, o procedimento pode ser repetido. A tecnologia é considerada minimamente invasiva, proporciona alívio rápido e acelera a recuperação dos pacientes.

Para ter acesso ao serviço, o paciente deve ser avaliado por um urologista e encaminhado ao Sistema Estadual de Regulação (SER). Após o procedimento, o acompanhamento segue sendo feito nas unidades de saúde dos municípios de origem.

Qual o impacto da litotripsia no SUS do RJ?

Com investimento superior a R$ 600 mil, a iniciativa integra a estratégia do estado em levar equipamentos modernos à rede pública e descentralizar o acesso à saúde. “Estamos investindo para cuidar melhor das pessoas e quem usa o SUS percebe essa mudança”, declarou o governador Cláudio Castro.

Segundo a secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, o novo serviço reforça o compromisso com uma saúde mais acessível e eficaz. “A litotripsia reduz cirurgias e promove recuperação mais rápida, com mais conforto e perto de casa”, afirma.

As unidades do Rio Imagem têm capacidade para realizar até 60 mil exames por mês, incluindo ultrassonografia, tomografia, raio-x, ressonância magnética, mamografia e exames laboratoriais, além da nova técnica de litotripsia.