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Uniformes com cores diferentes das bandeiras? Entenda as curiosidades
Alemanha, Itália, Holanda, Japão, Austrália e Nova Zelândia tem histórias curiosas por usarem cores diferentes das de seus símbolos nacionais
Em ano de Copa do Mundo, como será em 2026, a expectativa cresce não apenas pelos jogos, mas também pelo visual das seleções. A cada quatro anos, camisas icônicas voltam aos holofotes, e algumas delas carregam histórias curiosas. Enquanto Brasil, Argentina e França seguem fielmente as cores das suas bandeiras, países como Alemanha, Itália, Holanda, Japão, Austrália e Nova Zelândia criaram tradições próprias que desafiam a lógica das cores nacionais.
Tradições que marcam gerações
A Alemanha, tetracampeã mundial (1954, 1974, 1990 e 2014), talvez seja o caso mais famoso. Apesar de sua bandeira ser preta, vermelha e dourada, o uniforme principal é branco, herdado do antigo Império Alemão. Essa cor se consolidou como símbolo de disciplina e tradição. Já o verde, utilizado como uniforme reserva, gera debates até hoje. Alguns apontam uma relação com a amizade da Irlanda no pós-guerra, mas não há registro oficial que confirme a versão, o que só aumenta o mistério em torno da escolha.
A Itália, campeã em quatro edições (1934, 1938, 1982 e 2006), também se destaca pela cor alternativa. O uniforme azul, chamado de azzurro, tem origem na Casa de Savoia, dinastia que unificou o país no século XIX. Mesmo após a queda da monarquia, em 1946, o azul permaneceu como marca registrada. O apelido “Azzurra” virou sinônimo de seleção italiana e consolidou a cor como uma das mais emblemáticas do futebol mundial.

A Holanda, mesmo sem títulos, marcou gerações como uma das maiores forças da história. A equipe chegou a três finais de Copa (1974, 1978 e 2010) e ganhou fama pelo “Carrossel Holandês”, estilo de jogo revolucionário dos anos 70. O laranja do uniforme não aparece na bandeira, mas remete à Casa de Orange-Nassau, a família real holandesa. A cor se tornou símbolo nacional e identidade cultural, presente não só nos gramados, mas também em festas populares como o Dia do Rei.
Curiosidades vão além do futebol europeu
O Japão, que alcançou as oitavas de final em várias edições recentes, consolidou-se como potência asiática. A seleção veste azul, uma referência ao Oceano Pacífico que envolve o arquipélago. Além disso, no país a cor simboliza prosperidade, calma e energia vital. Mesmo com a bandeira trazendo apenas o sol vermelho sobre fundo branco, o azul se firmou como marca esportiva. Curiosamente, o apelido do time, “Samurais Azuis”, reforça a força cultural da cor escolhida.

A Austrália, que tem como melhor campanha as oitavas de final em 2006, também segue um caminho curioso. Sua bandeira carrega o azul da Union Jack, mas o uniforme é verde e amarelo. A escolha vem da Golden Wattle, a acácia dourada, flor símbolo nacional. Essa ligação com a biodiversidade fez do verde e amarelo as cores oficiais do esporte australiano, presentes em diversas modalidades olímpicas e reforçadas no futebol.
Já a Nova Zelândia, que disputou apenas duas Copas (1982 e 2010), leva ao campo o peso do rugby, esporte número um do país. O tradicional uniforme preto nasceu com os lendários All Blacks e se espalhou para outras modalidades. No futebol, a seleção ficou conhecida como “All Whites”, mas a influência do preto e da samambaia-prata é tão forte que o país inteiro se identifica com o visual. Mesmo sem grandes campanhas no Mundial, a identidade cromática da Nova Zelândia é uma das mais marcantes do esporte.
Um desfile de camisas na Copa de 2026
Esses exemplos mostram que os uniformes vão muito além das bandeiras. Eles carregam história, cultura e identidade. Em 2026, Estados Unidos, México e Canadá receberão a maior Copa do Mundo da história, com número recorde de seleções. Mais do que uma competição, o torneio será também um desfile de camisas e curiosidades, reforçando como cada nação escolhe contar sua história por meio das cores que veste.