Universidades e escolas do Rio suspendem aulas em meio ao caos da violência

A onda de violência que atinge o Rio de Janeiro nesta terça-feira (28) levou universidades e escolas a suspenderem as aulas em diversas regiões da cidade e da Região Metropolitana. A medida ocorre após criminosos do Comando Vermelho iniciarem uma série de ataques em retaliação à megaoperação da Segurança Pública nos complexos do Alemão e da Penha, que já deixou mais de 60 mortos.

Quais instituições suspenderam as aulas?

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), em Quintino, anunciaram a suspensão das atividades na tarde desta terça-feira.

Em nota, as instituições citaram os atos de violência e as dificuldades de mobilidade em várias áreas da cidade como motivos principais para a paralisação.

O Cefet/RJ também suspendeu as atividades acadêmicas e administrativas do período noturno em suas unidades de Maracanã, Maria da Graça, Nova Iguaçu e Itaguaí, orientando alunos e servidores a evitarem deslocamentos e priorizarem a segurança pessoal.

Escolas também foram afetadas pela violência

Escolas particulares em diferentes bairros pediram que os pais buscassem os filhos mais cedo, temendo a escalada da violência.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 31 escolas foram impactadas na região do Complexo do Alemão e outras 17 unidades no Complexo da Penha também tiveram suas atividades afetadas.

O que está acontecendo no Rio de Janeiro?

A suspensão ocorre em meio à megaoperação policial que reúne cerca de 2.500 agentes das forças de segurança estaduais e federais para cumprir mandados de prisão contra membros do Comando Vermelho.

Desde o início da tarde, criminosos usam ônibus e caminhões como barricadas para fechar vias importantes, incluindo a Avenida Brasil, a Linha Amarela e a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá.
Os confrontos já deixaram quatro policiais mortos e mais de 70 suspeitos presos, segundo informações preliminares das autoridades.

Recomendações de segurança

As universidades orientam estudantes e funcionários a permanecerem em locais seguros e acompanharem os canais oficiais de informação.
A UFF reforçou o pedido para que os docentes abonem as faltas devido às dificuldades de deslocamento e recomendou que a comunidade acadêmica evite circular nas regiões impactadas.

O Governo do Estado e a Prefeitura do Rio seguem monitorando a situação. Novas decisões sobre o retorno das aulas devem ser anunciadas nas próximas horas.