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Coronavírus

Vacina do Butantan induz resposta imune em adolescentes e crianças, mostra estudo

Artigo científico aponta que a Coronavac tem ótimo perfil de segurança em crianças de 3 a 17 anos

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vacina CoronaVac
Vacina CoronaVac (Foto: Reprodução)
vacina CoronaVac

(Foto: Reprodução)

Um estudo científico publicado nesta segunda-feira (28) na revista Lancet, uma das mais importantes da área no mundo, mostra que a vacina desenvolvida pelo Butantan em parceria com a biofarmacêutica Sinovac é segura e capaz de gerar resposta imune em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Os resultados foram obtidos por meio de ensaios clínicos de fase 1 e 2 com 552 participantes entre outubro e dezembro de 2020, realizado na província de Hebei, China.

A taxa de soroconversão de anticorpos neutralizantes, que indica a produção de anticorpos contra o antígeno do coronavírus, em crianças e adolescentes foi superior a 96% após 28 dias da vacinação com duas doses do imunizante.

Em relação à segurança da vacina no grupo do estudo, as reações adversas observadas foram de grau 1 e 2, ou seja, de leve a moderada. Apenas 1% dos voluntários apresentou reação adversa de grau 3. A maioria das reações adversas ocorreu em sete dias após a vacinação e os participantes se recuperaram em até 48h. As reações mais comuns foram dor no local da aplicação (13%) e febre (5%).

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Sinovac Biotech, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Hebei, Institutos Nacionais de Controle de Alimentos e Medicamentos de Pequim, Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Zanhuang e o Beijing Key Tech Statistics Technology.

Os dados relativos ao estudo de fases 1 e 2 da Coronavac em crianças e adolescentes já foram encaminhados pelo Instituto Butantan à Anvisa, órgão ligado ao governo federal responsável pelas autorizações de uso de vacinas no Brasil. A adoção do imunizante para a população brasileira com idade inferior a 18 anos cabe ao Ministério da Saúde.

“Os resultados indicam que a vacina é segura também para o público infantil e para os jovens. Com o avanço das pesquisas será possível muito em breve atestar a eficácia da Coronavac nessa população específica”, afirma Dimas Covas, presidente do Butantan.

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