‘Vacina, educação e comida’: Manifestantes vão às ruas contra governo Bolsonaro

Milhares de pessoas estiveram hoje no Centro do Rio de Janeiro para participar de uma manifestação contra o governo Bolsonaro. Entre as reivindicações, vacinação em massa, investimentos na educação e ajuda financeira – através do auxílio emergencial – para a população carente que foi afetada pela pandemia da Covid-19.

Professores e profissionais da saúde estiveram presentes no ato que aconteceu na Avenida Presidente Vargas. O protesto teve início no monumento do Zumbi dos Palmares e terminou na Igreja da Candelária. De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, o trânsito precisou ser interditado para a passagem dos manifestantes.

“É importante tirar uma pessoa despreparada, que ocupa uma cadeira que não lhe é devida, porque toda a população tem que ter acesso a saúde, a educação. E ele, no momento de pandemia, não tomou as medidas necessárias. Estou aqui representando uma boa parte da população que quer vacina no braço e comida no prato”, disse a terapeuta Cristiane Gomes, 49.

Já vacinada, a assistente social aposentada, Maria Cristina Valentim, 67, foi com duas amigas – também da área de saúde – ao protesto.

“Nós não aguentamos mais, estamos no fundo do poço, tanta gente morrendo. Estamos aqui, mas com medo, estamos de máscara, com álcool, mas eu tinha que vir, é minha obrigação, não posso ficar calada”.

Além das palavras de ordem como “Fora Bolsonaro”, os manifestantes gritaram “Genocida”. A líder comunitária do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, Bruna da Silva, 39, perdeu o filho de 14 anos em 2018 durante uma operação policial.

“A gente precisa de saúde, educação, queremos vacina, não queremos morrer, não queremos ter fome. Chega desse genocídio do negro e favelado. É através desse discurso de ódio que muitas vidas são ceifadas”, disse.

A atriz Dira Paes também participou do protesto. A artista disse que, para ela, a manifestação é importante por representar “o desejo de boa parte da população em parar com o genocídio, em retomar as rédeas de um governo que esta desgovernando. Essa é a nossa luta”.

De acordo com a Frente Brasil Popular – um dos movimentos que organizou o protesto – mais de 200 atos foram confirmados em todo o Brasil. O ato acontece em outros estados como São Paulo, Pará, Alagoas, Mato Grosso e Santa Catarina.