Pavilhão da Ceasa é destruído e quatro bombeiros passam mal durante combate às chamas

Bombeiros de 14 quartéis trabalham desde as 2h da madrugada desta quarta-feira (3) para controlar um incêndio que destruiu o pavilhão 43 da Ceasa, no Irajá, Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo a corporação, as chamas se espalharam rapidamente pelo galpão, que conta com 50 boxes, exigindo reforço de equipes para o combate ao fogo.

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) informou que cerca de 110 militares atuam na ocorrência, com o apoio de 31 viaturas. Um drone equipado com câmera térmica também auxilia na identificação dos pontos de calor e orientação das estratégias de combate.

Não há registros de vítimas até o momento. De acordo com relatos iniciais, o incêndio começou em uma loja de alimentos e se espalhou rapidamente para estabelecimentos vizinhos que comercializam plásticos, papéis, bebidas e outros materiais inflamáveis. As causas do incidente seguem sob investigação.

*INCÊNDIO NO CEASA! (QUARTA-FEIRA,

*🚨Atenção motorista!*

Um incêndio atinge o Pavilhão 43 no Ceasa de Irajá. Redobre a atenção ao circular pela via, pois pode haver bloqueios e a fumaça pode prejudicar a visibilidade.

🧑‍🚒Águas do Rio, CET-Rio, Bombeiros, Comlurb e Guarda… pic.twitter.com/bYvbIaIMj3

— news and ufology (@newsandufology) December 3, 2025

Agentes hospitalizados

O subcomandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Luciano Sarmento, contou que quatro bombeiros foram hospitalizados por exaustão, mas todos já liberados.

“O trabalho do Corpo de Bombeiros é de muito desgaste. A roupa pesa mais de 10 kg, o equipamento de respiração pesa também. Com tudo, o bombeiro leva mais de 40 kg. O calor excessivo causa exaustão. Eles foram avaliados e liberados. Foram apenas quatro bombeiros hospitalizados.”

O coronel destacou ainda que as equipes atuam desde as 1h38 da manhã, com cerca de 7 horas de trabalho ininterrupto.

“Nós continuamos no trabalho desde 1:38 da manhã. Já são quase 7 horas de trabalho ininterrupto. Estamos ainda com bastante carga de incêndio do lado direito do pavilhão. Esse lado esquerdo já está praticamente controlado.”

O acesso ao fundo dos boxes é difícil devido a grande quantidade de materiais no caminho, como caixotes, placas de aço e outros objetos.

Comerciantes esperavam melhora nas vendas

Mário Gilvanine, funcionário de um dos boxes atingidos, comentou que a expectativa era de aumento nas vendas por conta das festas de fim de ano.

“Estava contando com o comércio um pouquinho melhor para o final do ano e acontece essa tragédia… tira o nosso chão. Só Deus para nos dar força, sustento e nos segurar nesse momento difícil. Eu não tenho ideia de quanto, mas perdemos muita coisa. Toda estrutura, empresa, funcionários, clientes que vão ver a loja fechada e vão para outro lugar. Então, não tem como calcular esse prejuízo”, desabafou.

A Ceasa é considerada a segunda maior central de abastecimento da América Latina, atrás apenas da Ceagesp, em São Paulo. O espaço reúne cerca de dois mil produtores e aproximadamente oitocentas empresas responsáveis pela distribuição de alimentos para diversas regiões do estado. A extensão dos danos no pavilhão ainda será avaliada pelos administradores do complexo.

Outro incêndio na região

Em setembro, um incêndio atingiu um terreno nas proximidades da Ceasa, entre os bairros de Colégio e Irajá, resultando na morte de três pessoas. A investigação sobre esse caso foi conduzida separadamente e não há, até o momento, relação conhecida entre os episódios.