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Terra capta sinal de laser vindo do espaço a distância recorde

Comunicação por laser no espaço: NASA envia mensagem a 16 milhões de km

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Terra capta sinal de laser vindo do espaço a distância recorde
Laser - Créditos: depositphotos.com / kuligssen

A NASA alcançou um feito notável ao enviar e receber uma mensagem codificada por laser a uma distância de 16 milhões de quilômetros. Essa inovação promete transformar a comunicação interplanetária, trazendo mais rapidez e eficiência na troca de dados entre a Terra e futuras missões espaciais. A nave Psyche, lançada em outubro de 2023, foi peça-chave nesse avanço, por meio do experimento DSOC (Deep Space Optical Communications).

A seguir, entenda como a tecnologia funciona, quais são suas aplicações futuras e como essa conquista está conectada a uma missão científica ainda mais ambiciosa.

Como funciona a comunicação por laser no espaço?

Diferente das ondas de rádio tradicionais, os lasers utilizam feixes de luz para transmitir informações, o que permite uma capacidade de dados muito superior. Na missão Psyche, um feixe de laser infravermelho codificou dados e os enviou para o telescópio Hale, na Califórnia.

Para que esse processo funcionasse, foi necessário um alinhamento extremamente preciso entre o emissor na nave e o receptor na Terra. Mesmo com a defasagem de 50 segundos na viagem da luz, o sistema conseguiu se ajustar automaticamente. Assim, a transmissão foi concluída com sucesso, validando o conceito para futuras missões.

Quais são os benefícios das comunicações ópticas?

O uso do laser como meio de comunicação no espaço traz inúmeras vantagens. Veja os principais benefícios:

  • Alta capacidade de transmissão: Os dados podem ser enviados até 100 vezes mais rápido do que pelas ondas de rádio.
  • Transmissão de vídeos e imagens em alta definição: Ideal para enviar resultados científicos detalhados.
  • Maior eficiência energética: Lasers consomem menos energia por bit transmitido.
  • Redução do congestionamento de frequências: A tecnologia alivia a sobrecarga no espectro de rádio atualmente utilizado.

Com essas características, as comunicações ópticas se tornam fundamentais para o futuro da exploração espacial.

Terra capta sinal de laser vindo do espaço a distância recorde
Laser – Créditos: depositphotos.com / payungkead

Quais usos essa tecnologia pode ter em missões futuras?

A adoção de lasers em comunicações interplanetárias abre portas para novas possibilidades. A seguir, conheça algumas aplicações:

  • Missões tripuladas a Marte: A troca de dados em tempo real será essencial para a segurança dos astronautas.
  • Monitoramento de sistemas de bordo: Diagnósticos e comandos remotos poderão ser enviados com mais agilidade.
  • Transmissão de descobertas científicas: A análise de dados será quase instantânea, acelerando pesquisas.
  • Colaboração internacional: Equipes em diferentes países poderão acompanhar as missões em tempo real.

Essas aplicações mostram como o avanço vai muito além do aspecto técnico — ele impacta diretamente a ciência e a cooperação global.

Por que o asteroide Psyche é importante?

Além de testar a nova tecnologia, a missão Psyche também tem um objetivo científico relevante. A nave está a caminho de um asteroide metálico, localizado entre Marte e Júpiter, que pode conter vestígios do núcleo de um planeta primitivo.

O estudo desse asteroide pode oferecer pistas sobre a formação dos planetas rochosos, incluindo a Terra. Dessa forma, a missão contribui não apenas com a comunicação espacial, mas também com o conhecimento sobre a origem do sistema solar.

Qual é o impacto desse marco para a exploração espacial?

Porém com essa realização, a NASA inaugura uma nova era de comunicações no espaço profundo. A precisão exigida, aliada à robustez da transmissão, mostra que a tecnologia está pronta para integrar as próximas fases da exploração espacial.

Então esse marco reforça a importância de investir em inovação tecnológica para missões cada vez mais distantes e complexas. Além disso, sinaliza que a humanidade está mais preparada para enfrentar os desafios de uma presença contínua no espaço.