Cobra de duas cabeças chama atenção em pet shop: “Ambas tentam guiar o corpo”

Uma cobra de duas cabeças tem chamado a atenção na Califórnia, nos Estados Unidos. A serpente, que tem sete meses de idade, recebeu os nomes Zeke e Angel para cada uma de suas cabeças. O fenômeno raro, conhecido como bicefalia, ocorre em aproximadamente uma a cada 100 mil cobras.

Embora compartilhem o mesmo corpo, cada cabeça da cobra pode controlar os movimentos de forma independente. No caso de Zeke e Angel, funcionários do pet shop onde a serpente vive relataram que ambas tentam guiar o corpo, mas é Angel quem costuma assumir o controle e tomar a decisão final.

Como ocorre a bicefalia em cobras?

A bicefalia em cobras é resultado de uma anomalia durante o desenvolvimento embrionário. Esse fenômeno é semelhante ao que ocorre em gêmeos siameses em humanos. Durante a divisão celular inicial, o embrião começa a se dividir em dois, mas o processo não é concluído, resultando em dois cérebros compartilhando um único corpo. Esta condição pode ocorrer em várias espécies de répteis, mas é mais comumente observada em cobras.

As cobras bicefálicas enfrentam desafios significativos para sobreviver na natureza. A coordenação entre as duas cabeças pode ser complicada, especialmente quando se trata de caçar ou evitar predadores. Além disso, a competição entre as cabeças pode levar a conflitos internos, dificultando ainda mais a sobrevivência desses animais em ambientes selvagens.

Quais são os desafios enfrentados por cobras de duas cabeças?

Um dos principais problemas é a dificuldade em coordenar os movimentos do corpo. Quando as cabeças têm ideias diferentes sobre para onde ir, isso pode resultar em movimentos descoordenados e confusos. No caso de Zeke e Angel, embora Angel geralmente prevaleça nas decisões, a disputa constante pode ser desgastante para o animal.

Além disso, a alimentação pode ser um desafio significativo. Se ambas as cabeças tentarem comer ao mesmo tempo, pode haver competição pelo alimento, o que pode levar a problemas de saúde. Em cativeiro, os cuidadores podem ajudar a gerenciar essas situações, mas na natureza, a competição pode ser fatal.

Por que cobras de duas cabeças são tão raras?

A raridade das cobras de duas cabeças se deve à complexidade do desenvolvimento embrionário necessário para que essa condição ocorra. A maioria dos embriões que começam a se dividir de forma incompleta não sobrevive até o nascimento. Aqueles que nascem enfrentam desafios significativos de sobrevivência, o que contribui para a baixa incidência dessa anomalia na natureza.

Apesar dos desafios, cobras de duas cabeças em cativeiro podem viver vidas relativamente longas com os cuidados adequados. O interesse científico e público por esses animais ajuda a garantir que eles recebam a atenção e os cuidados necessários para prosperar.