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Rio registra 9 mil internações por SRAG e reforça alerta
Estado mantém alta de casos graves, com baixa vacinação e forte impacto entre crianças e idososApesar de um leve sinal de estabilização, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue com números elevados no Estado do Rio de Janeiro em 2025. Até o dia 16 de junho, já foram registradas 9.140 internações e 676 mortes relacionadas à doença, com maior impacto entre crianças de até 9 anos e idosos acima dos 70.
Na Semana Epidemiológica 24 (de 08 a 14 de junho), foram estimadas 447 internações, das quais 130 já registradas oficialmente. A situação preocupa as autoridades, que reforçam a importância da vacinação contra a gripe e das medidas preventivas, como uso de máscara em caso de sintomas e higienização das mãos.
Por que a vacinação contra a gripe é tão importante?
De acordo com o Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), a vacina da gripe protege contra os principais vírus respiratórios em circulação, incluindo o Influenza A (H1N1), cuja presença aumentou a partir de abril, principalmente entre idosos e gestantes. Já o vírus sincicial respiratório, predominante entre as crianças, apresenta queda nas últimas semanas.
A secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, alerta: “Precisamos avançar na cobertura vacinal e manter os cuidados básicos. A vacina é fundamental para evitar formas graves da doença”.
Qual o panorama da cobertura vacinal no RJ?
A campanha de vacinação contra a gripe começou em 2 de abril e vai até janeiro de 2026, com meta de vacinar 4,6 milhões de pessoas dos grupos prioritários. No entanto, até agora, apenas 22,97% desse público foi imunizado. Foram aplicadas 2.146.734 doses, sendo 1.066.950 no público-alvo. A meta do Ministério da Saúde é atingir pelo menos 90% de cobertura.
A SES-RJ está adotando medidas para ampliar o alcance da vacinação, como ações itinerantes em municípios com baixa adesão.
Como o estado está lidando com a alta demanda hospitalar?
O Governo do Rio mantém 85 leitos pediátricos exclusivos para SRAG, sendo 40 no Hospital Estadual Ricardo Cruz (Baixada Fluminense) e 45 no Hospital Zilda Arns (Médio Paraíba). A demanda segue alta, com média de 200 pedidos por semana, especialmente para crianças e, mais recentemente, para idosos.
A manutenção da vigilância ativa, o aumento de leitos e a aceleração da vacinação são as principais estratégias para enfrentar o atual cenário de SRAG no estado.