Morre Maria Augusta, lenda do Carnaval carioca, aos 83 - Super Rádio Tupi
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Morre Maria Augusta, lenda do Carnaval carioca, aos 83

Carnavalesca revolucionária e referência na Salgueiro, Maria Augusta morreu de falência múltipla de órgãos no Rio de Janeiro

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Foto: Divulgação

O Carnaval perdeu uma de suas maiores referências. A carnavalesca Maria Augusta Rodrigues morreu nesta sexta-feira (11), aos 83 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla de órgãos. Ela estava internada desde junho no Hospital São Lucas, em Copacabana, enquanto enfrentava um tratamento contra o câncer.

A informação foi confirmada pela Acadêmicos do Salgueiro, escola de samba da qual Maria Augusta foi pilar criativo desde os anos 1960. Em nota, a agremiação exaltou sua genialidade e importância para a história do desfile das escolas de samba:

“Maria Augusta não foi apenas uma artista genial. Ela foi uma revolução inteira […] Com inteligência, elegância e ousadia, fez do desfile uma verdadeira aula de brasilidade, beleza e potência cultural.”

Quem foi Maria Augusta e qual seu legado no Carnaval?

Natural do Rio de Janeiro, Maria Augusta ingressou na Salgueiro em 1968, ainda sob a supervisão de Fernando Pamplona, e logo passou a se destacar pela criatividade e ousadia. Seu grande momento veio com o desfile de 1971, no emblemático enredo “Festa para um Rei Negro”, que marcou a história do samba.

Mais tarde, brilhou também na União da Ilha do Governador, sendo pioneira ao usar todas as cores disponíveis em um só desfile, algo inédito até então. Ao longo da carreira, tornou-se uma das vozes mais respeitadas da folia carioca, sendo frequentemente citada ao lado de nomes como Joãosinho Trinta, Arlindo Rodrigues e Rosa Magalhães.

Como foi a última homenagem a Maria Augusta?

No Carnaval de 2024, Maria Augusta foi homenageada pela escola mirim da Salgueiro, onde acompanhou o desfile cercada de carinho, emoção e risadas. A quadra da escola se encheu de saudade nesta sexta-feira, com a notícia de sua partida.

“Seu nome está escrito nas nossas paredes, nas nossas fantasias, no compasso da nossa Bateria Furiosa e no coração de cada salgueirense que aprendeu a amar o Carnaval por meio da arte”, escreveu a escola.