Michelle reage à prisão de Bolsonaro com mensagem bíblica

Logo após a divulgação da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, sua esposa, Michelle Bolsonaro, usou as redes sociais para publicar uma mensagem bíblica.

O texto escolhido foi: “Os céus proclamam a sua justiça, porque o próprio Deus é juiz”, um trecho do Salmo 50:6, interpretado por muitos seguidores como uma reação direta à decisão do ministro Alexandre de Moraes.

A postagem foi feita poucos minutos depois do STF tornar pública a decisão que impõe restrições mais severas ao ex-presidente.

Por que Jair Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliar?

A prisão domiciliar de Bolsonaro foi decretada por descumprimento de medidas cautelares anteriormente determinadas pelo STF. A Corte entendeu que, apesar da proibição de uso das redes sociais, Bolsonaro continuou se manifestando politicamente por meio dos perfis de seus filhos e aliados, inclusive durante manifestações no domingo (3).

De acordo com Moraes, o ex-presidente produziu material para publicação em redes sociais de terceiros com “conteúdo de incentivo a ataques ao STF” e “apoio à intervenção estrangeira no Judiciário”.

Quais são as restrições impostas a Bolsonaro?

Com a nova decisão, Bolsonaro deverá cumprir prisão domiciliar em Brasília e está sujeito às seguintes medidas restritivas:

• Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica
• Proibição de visitas, exceto de familiares próximos e advogados
• Recolhimento de todos os celulares da residência
• Proibição de uso de redes sociais, direta ou indiretamente

A decisão também autorizou a busca e apreensão de eletrônicos com o objetivo de impedir que o ex-presidente continue burlando as determinações judiciais.

Qual foi o conteúdo que causou o novo agravamento da pena?

Segundo o STF, foi a divulgação de um vídeo no perfil do senador Flávio Bolsonaro, em que Jair Bolsonaro aparece em ligação de viva-voz durante as manifestações no Rio de Janeiro, dizendo: “É pela nossa liberdade. Estamos juntos”.

A Corte considerou a participação como uma estratégia deliberada de burlar a censura imposta diretamente aos seus canais e manter sua influência política nas redes.