Tecnologia
Pais dizem que ChatGPT causou morte do filho adolescente e vão à Justiça
Processo aponta que interações entre adolescente e o chatbot tiveram influência em sua morte
Pais de um adolescente da Califórnia processaram a OpenAI, alegando que o ChatGPT teve influência na morte do filho de 16 anos. A ação, de quase 40 páginas, foi protocolada nesta terça-feira (26) no Tribunal Superior da Califórnia, em São Francisco, e também cita o CEO da empresa, Sam Altman.
Em entrevista à revista People, Matt e Maria Raine disseram que o filho, Adam Raine, usava o chatbot com frequência para falar sobre suas dificuldades pessoais. Eles afirmam que as respostas do sistema afastaram o jovem da família e contribuíram para o desfecho trágico. O pai do jovem disse acreditar que o filho estaria vivo se não tivesse utilizado o chatbot.
Maria Raine lamentou que o sistema tenha afastado o filho do diálogo familiar. “O bot o encorajava a não nos procurar. Não tivemos sequer a chance de ajudá-lo”, disse à revista.
O advogado da família, Jay Edelson, declarou à publicação que o caso mostra riscos no uso da tecnologia por adolescentes. Já a OpenAI disse estar “profundamente entristecida” e afirmou que trabalha para reforçar mecanismos de segurança em suas ferramentas.

Se você está tendo pensamentos de suicídio ou atravessa sofrimento intenso, procure ajuda. Conversar pode salvar vidas. No Brasil, o CVV oferece apoio gratuito e sigiloso pelo número 188 ou no site cvv.org.br.
FAQ – Pais processam OpenAI após tragédia
Quem abriu o processo contra a OpenAI?
Os pais de Adam Raine, adolescente de 16 anos da Califórnia.
O que eles alegam no processo?
Que interações do filho com o ChatGPT influenciaram negativamente sua saúde mental, contribuindo para a tragédia.
O CEO da OpenAI também foi citado?
Sim, Sam Altman foi incluído no processo junto à empresa.
O que disse a OpenAI sobre o caso?
A companhia afirmou lamentar a perda e reforçou que continua trabalhando para melhorar os recursos de segurança do chatbot.