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Marinha prepara exercício inédito de proteção de cabos no Ceará

Treinamento em Fortaleza terá parceria com empresas de telecomunicações e órgãos do governo para reforçar segurança digital

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Imagem: Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil anunciou que realizará, em novembro, um exercício inédito de proteção de cabos submarinos na costa de Fortaleza (CE), próximo à Praia do Futuro. A operação contará com apoio de empresas de telecomunicações e órgãos governamentais, reforçando a defesa de uma infraestrutura considerada estratégica para o país.

A iniciativa surgiu após o 2º Workshop sobre Proteção de Cabos Submarinos, promovido pelo Comando de Operações Navais em agosto. O evento reuniu representantes de companhias como Google, Claro, Angola Cables, Huawei, Seaborn Networks e Ella Link, além da Anatel, GSI, Ministério das Comunicações e ANACOM (Portugal).

Por que os cabos submarinos são tão importantes?

Essas estruturas são responsáveis por transmitir quase 100% dos dados digitais do mundo, incluindo internet, telefonia e transações financeiras. No Brasil, a rede já ultrapassa 150 mil quilômetros de extensão.

O Capitão de Fragata Paulo Ricardo Rodrigues dos Santos destacou a relevância do tema:

“O cuidado e a manutenção dessa rede são questões de segurança nacional e econômica. Proteger a internet usada diariamente por 181 milhões de brasileiros é um desafio gigantesco.”

Fortaleza como hub global de telecomunicações

A escolha da capital cearense não foi por acaso. Fortaleza é um dos maiores pontos de conexão da América Latina, interligando o Brasil à África, Europa e América do Norte. Hoje, a cidade concentra 16 cabos submarinos internacionais, entre eles:

  • Para a África Ocidental: SAIL e SACS;
  • Para a Europa: Ellalink;
  • Para América Central e América do Norte: GlobeNET, Américas-II, SAM-1, AMX-1, BRUSA, MONET, entre outros;
  • Para outros hubs do Brasil: conexões com São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro.

Como será o treinamento

O exercício seguirá o modelo europeu “Conhecer – Vigiar – Agir” e será dividido em duas frentes:

  • Em terra: Fuzileiros Navais atuarão na proteção de instalações e retomada da estação terrestre da Angola Cables.
  • No mar: Navios de patrulha, o submarino “Guillobel” e o GRUMEC (Grupamento de Mergulhadores de Combate) farão a segurança dos pontos de afloramento dos cabos.

Segundo a Marinha, a operação servirá para testar protocolos de segurança e reforçar a integração entre autoridades civis e militares.

1 comentário

1 comentário

  1. Ronaldo Nogueira de Azevedo Faria Júnior

    9 de setembro de 2025 em 12:00

    Guardo ótimas lembranças da Marinha!!! Fiz um excelente estágio no Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro… Vi muita coisa interessante lá!

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