Esportes
Ex-jogador morre aos 45 anos vítima de doença que atingiu lendas do esporte
Rudi Johnson foi encontrado morto nos EUA; condição já afetou Maguila e Éder Jofre
O ex-jogador de futebol americano Rudi Johnson morreu aos 45 anos, nos Estados Unidos, em consequência da encefalopatia traumática crônica (ETC). A condição, provocada por impactos repetitivos na cabeça, já foi associada à morte de ídolos do esporte como os boxeadores brasileiros Éder Jofre e Maguila. Johnson foi encontrado sem vida nesta quarta-feira (24) em sua casa, na Flórida, e autoridades suspeitam de suicídio em decorrência dos graves efeitos da doença.
O que é a encefalopatia traumática crônica?
A ETC é uma enfermidade neurodegenerativa e progressiva, que surge após impactos frequentes no crânio, mesmo que de baixa intensidade. Esse processo leva ao acúmulo de lesões no cérebro, causando sintomas como:
- perda de memória;
- alterações de comportamento;
- dificuldades cognitivas;
- comprometimento motor.
Atualmente, não existe cura para a doença, que atinge principalmente atletas de futebol americano, boxe, artes marciais e também pessoas expostas a microtraumas contínuos.
Casos semelhantes preocupam atletas brasileiros
O drama de Johnson reacende um alerta no esporte. No Brasil, os ex-pugilistas Éder Jofre e Maguila também desenvolveram a doença. Em 2024, após a morte de Maguila, sua família doou o cérebro do ex-lutador para estudos da USP, com o objetivo de compreender melhor os impactos da condição em atletas nacionais.
We are deeply saddened by the passing of Rudi Johnson. pic.twitter.com/wXTd8jgEBl
— Cincinnati Bengals (@Bengals) September 23, 2025
Como prevenir a doença em esportes de contato?
Especialistas defendem mudanças em regras esportivas e avanços nos equipamentos de proteção. Além disso, ressaltam a importância de campanhas de conscientização e de acompanhamento médico preventivo, capaz de identificar sinais da doença em fases iniciais.
A morte de Rudi Johnson reforça a necessidade de novas políticas de cuidado para ex-atletas, evidenciando o perigo invisível das lesões cerebrais e a urgência de medidas para preservar a saúde de profissionais que dedicam a vida ao esporte.