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Ex-gerente do Facebook afirma que empresa alimentava discurso de ódio por causa do lucro

Ainda não se sabe se instabilidade no Facebook, Instagram e WhatsApp tem relação com essas acusações

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Frances Haugen em entrevista
(Foto: Robert Fortunato / CBS News / 60 Minutes via AP)
Frances Haugen em entrevista

(Foto: Robert Fortunato / CBS News / 60 Minutes via AP)

A ex-gerente de produtos do Facebook, Frances Haugen, fez diversas denúncias sobre a rede social neste domingo (3) na revista eletrônica 60 Minutes, dos Estados Unidos. Haugen é responsável por vazar documentos internos da plataforma para o Wall Street Jounal, um dos jornais mais antigos de Nova York, também no país norte-americano. Ainda não se sabe se a instabilidade no Facebook, Instagram e WhatsApp tem relação com essas acusações.

A ex-funcionária afirmou que a empresa é tão empenhada com a otimização dos produtos que adotou algoritmos que aumentam o discurso de ódio. Medida que, segunda ela, visava somente os lucros.

Frances Haugen trabalhou na corporação até o começo de 2021. De acordo com a ex-gerente, a empresa não estava disposta a transformar o ambiente da rede social mais saudável. “Havia conflito interno entre o que era bom para o público e para a companhia. A empresa escolheu várias vezes otimizar os algoritmos para os próprios interesses, como ganhar mais dinheiro”, disse a ex-funcionária.

De acordo com os documentos vazados, os indícios de que os discursos de ódio eram corroborados pela empresa e que o Facebook sabia do perigo de fomentar essa prática eram claros. “Estimamos que podemos trabalhar de forma menor com 3% a 5% de conteúdos de ódio e cerca de 0,6% de violência e incitamento no Facebook”, apareceu em um dos documentos. “Temos evidências que uma variedade de fontes de discurso de ódio, discurso político divisionista e desinformação no Facebook e na família de aplicativos estão afetando sociedades em todo o mundo”, relatou outro.

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